Algumas semanas após ser detino em Nova York por ser acusado de estupro em uma mulher, e de forçar sexo oral em outra, Harvey Weinstein foi a público se defender. Após o pagamento da sua fiança, o ex-produtor de Hollywood foi a público se defender.
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Após ser liberado, Harvey Weinstein deu uma entrevista para a revista britânica The Spectator , reproduzida pelo Deadline , em que admite que abusou de seu poder e cargo e que oferecia papéis em filmes em troca de sexo. Porém, o produtor ressaltou que não era um estuprador.
"Você nasceu rico e privilegiado e você era bonito (...) Eu nasci pobre, feio, judeu e tive de lutar minha vida inteira para chegar a algum lugar. Você tinha muitas garotas, nenhuma garota olhava para mim até eu virar grande em Hollywood", disse Weinstein ao colunista Taki Theodoracopulos.
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"Sim, eu ofereci a elas papéis em filmes em troca de sexo , mas era assim que era e ainda é com todo mundo (...) Mas eu nunca me forcei para cima de uma única mulher", completou.
Esclarecimento da defesa
Depois que a reportagem ir ao ar, o advogado de Weinstein, Ben Brafman, negou que o seu cliente tenha feito a admissão, afirmando que sua suposta fala foi citada de forma equivocada e que o seu cliente "nunca disse nada sobre trocar papéis por sexo": "Eu estava presente na conversa, não foi uma entrevista, foi um encontro social entre dois amigos. Harvey e Taki não discutiram o caso e eu não permitiria que o fizessem. Falamos da velha Hollywood e o contraste com a cultura europeia".
De acordo com comunicado enviado a Variety , há uma frase atribuída a Taki em que ele supostamente admite o erro: "Depois de 41 anos sem uma só retratação na The Spectator , eu acredito que representei mal a conversa que tive com Harvey Weinstein. Foi um erro. Espero não ter prejudicado seu caso", disse.
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Reflexos das denúncias
Após ser expulso pela Academia do Oscar, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas se mobilizou para avaliar a situação de Harvey Weinstein na sétima arte. O produtor também está enfrentando uma possível expulsão da Guilda de Produtores da América (PGA), cujo conselho se reúne na próxima segunda-feira (16) para votar no status de Weinstein na organização. Vale lembrar que no início da semana a Academia Britânica de Artes do Cinema e da Televisão (BAFTA) suspendeu relações com o produtor.