Nesta sexta (4), a atriz Pathy Dejesus conversou com o jornalista Alvaro Leme
sobre representatividade, empoderamento, recordações e muito mais. A artista é a quarta entrevistada de uma série que será publicada diariamente no canal do profissional no Youtube.
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Politizada e empoderada, além de seus atuais trabalhos na TV, Pathy Dejesus não deixou de fora da conversa sua posição sobre questões de preconceito racial e representatividade.
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No decorrer do vídeo Pathy recordou que, quando criança, tinha muitos questionamentos: "Tinha dúvidas bobas, como se um dia eu teria um namorado pois não acreditava que algum dos meus amigos se interessaria por mim, sabe?".
Pathy Dejesus inspira uma geração
Recentemente, o nome de Pathy veio à tona quando Giovanna Ewbank divulgou que Titi, sua filha adotiva com o marido Bruno Gagliasso, morria de amores por ela e, logo após a notícia, eles se encontraram casualmente em São Paulo.
Durante o papo com o jornalista e youtuber, ela mencionou que acredita que a pequena se tornou sua fã na busca por alguém que se parecesse com ela. A atriz aproveitou o momento para contar, cheia de orgulho e lágrima nos olhos, sobre representatividade e sua relação com suas três sobrinhas.
"Eu olho pra dentro e vejo que eu represento muito para elas. É muito maneiro ser a representatividade para outras pessoas, mas, dentro de casa, é um troféu. De verdade."
O preconceito não acabou
Durante a entrevista Pathy também destacou que, apesar de uma época com mais oportunidades e representatividade para as minorias, as pessoas não podem se iludir de que o mundo passa por uma evolução e que estão sendo aceitos. Na verdade, o espaço está sendo conquistado por questão de merecimento.
"Não cabe mais à uma grande empresa o discurso de ódio. A gente vive no capitalismo e você descobre que o poder aquisitivo do produto que você vende está na mão dos negros, das gays... Se não aprendem no amor, aprendem na dor”, disse a atriz.
Representatividade na infância
Quando criança, apesar de saber que existiam, Pathy Dejesus se recorda que nunca tinha visto uma boneca negra em sua vida. Fato que colaborava para as dúvidas e e falta de representatividade que sentia durante a infância e adolescência. Até o dia que se torna modelo e faz sua primeira viagem a trabalho.
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"Minha primeira viagem foi para Milão e foi a primeira vez que eu vi uma Barbie negra na minha vida. Meu primeiro cachê, eu fiquei devendo para a agência, porque eu comprei uma Barbie. Hoje, eu tenho uma coleção de mais de 40 Barbies negras", finalizou Pathy Dejesus com emoção.