Ela tem apenas 21 anos de idade, mas quem acompanha as produções de dramaturgia da Globo já está familiarizado com o seu rosto nas novelas. Em menos de um ano, Giovana Cordeiro impulsionou o seu trabalho como atriz na emissora participando de três produções – “Dois Irmãos”, onde interpretava Celeste; “Rock Story”, na qual deu a vida à Stefany e, agora, conquista a cereja do bolo do seu ano agitado ao integrar o elenco da novela das 21h, o horário nobre da emissora, “ O Outro Lado do Paraíso ” trazendo à tona toda a complexidade de vida da jovem Cleo .
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“Foi uma grande surpresa saber que eu estava dentro da novela. Eu fiquei muito feliz porque foram dois trabalhos consecutivos assim de cara”, conta Giovana Cordeiro em entrevista ao iG Gente . No começo, Cordeio relembra que o teste não era para a atual personagem, mas mais tarde acabou sendo escalada para interpretar Cleo e a conexão com a jovem do interior foi crescendo conforme o tempo. “Eu fui dando conta da grandeza que era esse trabalho na novela e, para mim, tudo está sendo muito incrível neste meu primeiro ano dentro da emissora”, conta a atriz, que revela que as personagens anteriores foram importantes para conseguir atuar na atual obra.
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Na novela, Cleo é uma das personagens que sofre grandes reviravoltas em sua vida. De uma moça simples e pacata do interior, a personagem acaba buscando novas aventuras mundo afora e se colocando em uma enrascada. “Ela tem três fases, pelo menos agora entrará em uma terceira fase. A gente pode sempre esperar dela o que ela sempre faz: agir pensando na vontade dela, de cair no mundo”, comenta a atriz. “Ela sempre continua nessa busca por algo que ela acredita, que goste. Os seus desejos vão continuar – e não só o desejo carnal, mas também de uma vida toda. Ela acredita no amor e ela acreditou no desejo dela de descobrir a vida. Vivendo ali com a avó não fazia muita coisa, então ela vai protagonizar a própria vida”, adianta Cordeiro.
Uma realidade próxima?
Para encarar Cleo, a atriz enfrentou duas fases de preparação: além de ler os textos e o roteiro, Cordeiro também adentrou em um outro universo um pouco mais distante, assistindo a filmes e documentários sobre a vida no bordel e indo atrás de personagens e pessoas reais que retratassem essa realidade. “Há muitas histórias da mulher brasileira que mesclam com a história de Cleo. Vi muitas meninas que foram pra prostituição de 11 a 13 anos de idade com essa promessa de ter uma vida fácil. Isso ainda existe e a Cleo representa um pouquinho essas meninas”, comenta a atriz. Para ela, a novela vem com uma grande responsabilidade. “Estamos sabendo fazer, conduzindo isso de maneira cautelosa”, afirma.
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Em tempos de recorrentes denúncias de assédio sexual não só no mundo do audiovisual, mas também na sociedade como um todo, Cordeiro acredita que abordar a temática na dramaturgia pode ser também uma boa forma de incrementar o debate sobre essa violência sexual sofrida pelas mulheres. “Eu tenho visto a comoção nas redes sociais e acho que as pessoas começaram a se sentir seguras para falar sobre isso. A própria novela retrata meninas e meninos que sofreram assédio sexual e se sentem seguros para falar sobre isso. O início da novela assustou um pouco, mas ela tem que mostrar a realidade”, opina a atriz.
Projetos do ano
Entretanto, não é apenas de “O Outro Lado do Paraíso” que Giovana Cordeiro está vivendo nos últimos tempos. A atriz também está encabeçando projetos paralelos que, se tudo der certo, chegam aos palcos ainda este ano. “Estou trabalhando em dois projetos diferentes. Um é sobre a relação entre pessoas basicamente e o outro ainda está sendo montado com um amigo”, comenta. Seja na frente das câmeras, nas redes sociais ou em cima do palco, o ano para a recém-chegada na Rede Globo já está definido por ela mesma: “muito trabalho e muito estudo”.