Parece que o jogo virou para o fotógrafo Terry Richardson. Conhecido pelos seus trabalhos com as mais diversas celebridades , com publicações nas mais renomadas revistas de moda, além de participações em clipes musicais como “Wrecking Ball” de Miley Cyrus e o - ainda não lançado - “Vai, Malandra” de Anitta, gravado no Vidigal, na capital carioca o profissional tem uma trajetória paralela obscura. Por trás de toda essa fama, o Richardson foi alvo de diversas denúncias de assédio sexual durante toda a sua carreira e, agora, as publicações com as quais trabalhou resolveram tomar uma atitude a respeito do cenário.
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De acordo com o The Daily Telegraph , o vice-presidente executivo da Condé Nast, James Woolhouse enviou um e-mail para todos os títulos do grupo com a ordem de que os trabalhos com Terry Richardson que ainda não estivessem publicados fossem “derrubados ou substituídas por outro material” na última segunda-feira (23). A companhia é responsável pela publicação das edições de moda da Vogue, GQ e Glamour, Wired e Vanity Fair .
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Richardson é conhecido por trabalhar com muito conteúdo sexualmente explícito e sempre foi acusado de assédio sexual pelas modelos - o que ele sempre negou. Apesar de nenhum novo caso ter chegado à mídia recentemente, a polêmica com o produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, fez com que a polêmica envolvendo o fotógrafo ressurgisse e o seu contrato já estava sendo reavaliado pela Condé Nast. Entretanto, na última semana, um artigo publicado no britânico The Times comentando o questionou porque as empresas ainda contratavam o profissional mesmo sabendo sobre esse seu histórico problemático, chamando-o inclusive de Weinstein da moda.
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O outro lado
Apesar de ter tomado conta dos holofotes não só pelo seu trabalho, mas também por conta das alegações contra ele, Terry Richardson já utilizou seu espaço na mídia para rebater as acusações. Em 2014, depois de mais uma polêmica ter emergido, o fotógrafo afirmou em uma carta ao Page Six que “Eu trabalhei com o consentimento de mulheres adultas que estavam totalmente cientes da natureza do meu trabalho e, como é típico em qualquer projeto, todo mundo assinou contratos... Eu nunca utilizei uma oferta de trabalho ou uma ameaça de repreensão para coagir alguém a fazer algo que não quisessem”, escreveu. O fotógrafo já trabalhou com a modelo Gisele Bündchen, Madonna e até mesmo o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.