O caso envolvendo o produtor de Hollywood Harvey Weinstein não para de crescer. A cada dia, novas mulheres que já se depararam com avanços infelizes do magnata decidem denunciá-lo, mostrando que seu poder calou muito mais pessoas do que se imaginava. No entanto, toda a história envolvendo os avanços sexuais inapropriados de Weinstein começaram com cum duas reportagens, uma feita pelo New York Times , e uma pela New Yorker . Na segunda, a atriz italiana Asia Argento foi uma das mulheres que deu depoimento.
Leia também: Após Harvey Weinstein, Asia Argento acusa diretor norte-americano de estupro
Em entrevista a Ronan Farrwon, Asia Argento confessou que foi molestada por Harvey Weisntein quando tinha 21 anos, em 1997. De acordo com a atriz , ela foi levada ao quarto dele por Fabrizio Lombardo, produtor da Miramax (empresa de Weinstein), afirmando que ela iria a uma festa do estúdio. Chegando lá, porém, apenas Harvey estava.
Leia também: Hollywood também é culpada pelos assédios cometidos por Harvey Weinstein
O problema é que, ao contrário da imprensa mundial, a mídia de seu país natal tem feito duras críticas a ela e Battilana Gutierrez, modelo que também denunciou o produtor. Alguns dos principais jornais da Itália, como La Republica e Rai News chamou ambas de “divas”. O jornal Libero foi ainda mais longe e publicou uma coluna opinativa escrita por Renato Farina, intitulada “Primeiro elas cedem, depois reclamam e fingem se arrepender”, onde diz que “ceder a avanços do chefe para crescer na profissão é prostituição, não estupro”.
Tchau Itália
Por conta da maneira agressiva com que a mídia italiana tem lidado com a situação, a atriz, que está em um relacionamento com o chef Anthony Bourdain, decidiu se mudar para Berlim, na Alemanha. Em uma entrevista para um canal de televisão italiano, ela comentou que o clima estava muito difícil para ela e sua família, e que decidiu mudar de país por enquanto e que voltará a Itália quando as coisas melhorarem.
Asia Argento também destacou as práticas falhas do país, no que diz respeito a criminalização contra as mulheres. Ela exemplificou com o fato de que, em seu país, até 1996 estupro era considerado um crime contra a moral, e não contra uma pessoa. Sobre o ataque da mídia, ela chamou a atitude de “medieval” e ainda confirmou que irá processar o jornal Libero por “ofender sua reputação e insultar sua dignidade como mulher”.
Mais denúncias
Asia Argento não parou pro aí. Em seu Twitter , a atriz ainda admitiu, apesar de não citar nomes, que um grande diretor de Hollywood “com complexo de Napoleão” a drogou e estupro enquanto estava inconsciente.
Leia também: Depois de acusações de assédio, Harvey Weinstein é expulso da Academia do Oscar