No último fim de semana, Danilo Gentili virou notícia nas redes ao postar uma imagem ao lado de sua assistente, Juliana Oliveira e de um ovo de Páscoa. Na legenda: “de um lado esse maravilhoso chocolate de primeira que comerei o dia todo durante esse domingo tão especial. Do outro lado um ovo de Páscoa escrito meu nome". O comentário gerou debate, com muitos acusando o apresentador de racismo . A jovem que trabalha na equipe de seu programa defendeu o apresentador, dizendo que foi ela que pediu para tirar a foto. Mas houveram outros momentos em que Danilo falou o que quis, e foi julgado pela internet , muitas vezes gerando problemas judiciais. Veja os principais:
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Bananas
Essa não é a primeira vez que Danilo Gentili é acusado de racismo. Uma delas foi um comentário direcionado ao jornalista Thiago Ribeiro que, em 2012, publicou um vídeo compilando as ofensas de Danilo na internet. Descontente, Danilo usou o Twitter para falar com Ribeiro e acabou comparando-o a um macaco, ao oferecer bananas para ele. Thiago chegou a abrir um processo contra Gentili, mas o apresentador foi inocentado da acusação.
Tia do café
Durante o processo de votação do impeachment, em 2016, Danilo comentava a votação quando a senadora Regina Sousa iniciou seu discurso. Ele a comparou com a “tia do café”, o que também causou revolta a alguns de seus seguidores. Ele se defendeu dizendo que “zuou” a senadora por sua postura ao fazer o pronunciamento. Ele ironizou um pedido de desculpas em uma entrevista, dizendo que queria se desculpar com as tias do café pela ofensa.
Twitter de novo
Em 2012 o Grupo Gay da Bahia divulgou dados alarmantes em relação aos homossexuais no Brasil: somente naquele ano, 336 homossexuais haviam sido mortos no Brasil, o que significava uma morte a cada 26 horas, um aumento de 177% em relação ao ano anterior. Danilo, ao comentar os dados, novamente no Twitter, disse: “1 gay é morto a cada 26 hs"? 140 heteros (sic) são mortos a cada 24 hs. Alguém aí come meu c# hj? Só por segurança”.
Sua piada, claro, não levou em consideração que os heterossexuais mortos não haviam sido assassinados por sua sexualidade. O assunto também rendeu on-line, gerando até uma discussão com o deputado Jean Wyllys . O famoso cartunista Laerte fez uma tirinha para ilustrar o comentário de Danilo:
Crítica
Danilo, que sempre comenta sobre sua liberdade para fazer piadas e falar o quer, não gostou do comentário de uma pessoa que criticou sua postura. Ele não pensou duas vezes para começar a ofendê-la: "chupadora de rola de genocida e corrupto” foi só uma das ofensas. Ele também se defendeu desse caso dizendo que ela havia começado e que ele chama homens e mulheres dessa maneira.
Arrombada
Em outra oportunidade, foi criticado no Facebook a respeito de um segmento do seu programa, que fez piadas em cima do relatório que informava que em 2014, foram registrados 47 mil casos de estupro, a consequente inclusão do tema na prova do Enem . A seguidora disse que era sua fã, mas se sentiu desrespeitada com o ocorrido. Danilo satirizou a frase, chamando-a de “arrombada”.
Estupro
Danilo chamou de “gênio” um homem acusado de estuprar uma garota inconsciente, ainda usando a rede dos 140 caracteres. O post em questão foi apagado, mas até mesmo jornalistas e outras personalidades da mídia se pronunciaram a respeito, inclusive o jornalista José Trajano . Danilo também foi as redes dizer era contra qualquer tipo de violência e que seu post havia sido mostrado fora de contexto.
Vaca
Um dos casos que mais teve repercussão na carreira de Danilo Gentili foi o de Michele Maximo, maior doadora de leite materno do Brasil. O apresentador falou sobre o caso de Michele, que já doou mais de 400 litros de leite, no seu programa “ The Noite ”. No entanto, Danilo satirizou o caso, chamando-a de “vaca leiteira” e divulgando uma imagem sua sem autorização. Michele abriu um processo por danos morais, dizendo que era ofendida na rua por conta do ocorrido, e ganhou. Danilo foi condenado a pagar R$ 200 mil a Michele.
Higienópolis
Uma das primeiras polêmicas envolvendo Danilo aconteceu quando foi anunciado que os moradores de Higienópolis, em São Paulo, não queriam uma estação de metrô na região. O bairro é conhecido pelo alto número de judeus e Danilo usou isso como base para sua “piada”: "entendo os velhos de Higienópolis temerem o metrô. A última vez que chegaram perto de um vagão foram parar em Auschwitz”, comentou, fazendo alusão aos campos de concentração da 2ª Guerra Mundial. O caso repercutiu tanto, que Gentili chegou a visitar a Confederação Israelita e pediu desculpas ao presidente.
Gordofobia
O termo “gordofobia” é relativamente novo, mas o grupo por trás pretende desmistificar a ideia de que “ser gordo” é uma ofensa e, portanto, não deveria ser usada como xingamento. Ainda assim, é muito comum ouvir alguém tentar diminuir o outro chamando de “gordo”. Foi o que Danilo fez, mais uma vez nas redes, mais uma vez ao se sentir ofendido por uma usuária que decidiu parar de segui-lo por conta de seus comentários: “o importante é não deixar de seguir o “Vigilantes do Peso”, comentou. Alguns seguidores acompanharam a piada, o que gerou uma acusação de que Danilo estaria incitando a gordofobia.
Ódio
Por fim, Danilo Gentili continua defendendo seu direito de dizer o que quiser na internet, mesmo que alguns se sintam ofendidos. Em 2015 o Governo Federal desenvolveu o projeto “Humaniza Redes”, com o intuito de proteger vítimas de ofensas online. Danilo viu o projeto como uma maneira de perseguir quem “estiver zoando nas redes”, e criou outra campanha, a “Desumaniza Redes” para fazer justamente o oposto: dizer o que quiser, doa a quem doer. O perfil da campanha no Twitter coleciona mais de 48 mil seguidores.
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