A vida dos famosos nos interessa e muito. Não à toa, notícias de barracos, gafes e novos amores despertam tanto interesse. Nada, porém, suscita tanta comoção como um casamento estável indo pelo ralo. Tivemos um exemplo recente com o ruidoso divórcio de Angelina Jolie e Brad Pitt que causou uma série de boatos ventilados por um setor da imprensa que se presta ao papel de central de boatos. No Brasil, algo parecido ocorre com Luciana Gimenez e Marcelo de Carvalho .
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O vice-presidente da RedeTV! e sua mulher Luciana Gimenez , apresentadora do Superpop e do Luciana by Night na mesma emissora, foram alvo de uma reportagem de capa da revista Conta Mais que Carvalho classificou ao iG como caluniosa. “É lamentável que se invente uma história sem fundamento”, frisou. “Eu e Luciana estamos muito bem obrigado”!
Na continuação de sua declaração para o Portal IG, Marcelo Carvalho explica como funciona o jornalismo mal feito e de terceira categoria: "A materia da revista argumenta que a prova da separação é que eu fiquei em São Paulo. Porém não verificaram que desde dezembro Luciana posta fotos e videos de nos dois juntos com a familia aqui no Estador Unidos".
Não é a primeira vez que o casal é alvo de boatos dessa natureza. Em 2008 a coluna Zapping, do jornal Agora, divulgou que a união estaria com os dias contados. À época noticiou que “o estresse é tanto, que durante uma discussão do casal, um telefone celular teria sido arremessado na parede”. Lá se vão nove anos dessa notícia que, à época, causou grande burburinho no noticiário de celebridades, e errou redondamente.
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Um grande problema desse jornalismo imediatista de hoje é aumentar vendas e audiência através de mentiras e boatos como se fossem verdade. Pelo clique, na internet, ou para vender revistas, o sensacionalismo dispensa a checagem e confronto de dados e apurações. O jornalismo precisa do mesmo cuidado na prospecção de fatos na cobertura da política como na cobertura de um ruidoso divórcio como o dos astros Brad Pitt e Angelina Jolie. Se não há como verificar uma história, o rigor jornalístico orienta a não publicá-la. A Conta Mais , pouco comprometida com essa verdade, falha em vigiar os preceitos básicos da prática jornalística.
Sem cobrir todos os ângulos da questão é simplesmente irresponsável, de um ponto de vista ético e profissional, publicar uma matéria com apuração incompleta. Além do mais, o caso desperta mais uma vez uma problemática recorrente nesse noticiário de famosos. O que de fato é de interesse público e o que é invasão de intimidade despropositada?
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