Na noite do último sábado (23), aconteceu o segundo dia de desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. A madrugada foi marcada por uma polêmica com a rainha de bateria da Paraíso do Tuiuti Thay Magalhães e a princesa Mayara Lima, que quase não desfilou. Uma integrante da escola também foi ferida por um carro alegórico. Os destaques positivos da noite ficaram por conta da Grande Rio, Unidos da Tijuca e Vila Isabel.
Paraíso do Tuiuti
A primeira escola a desfilar na segunda noite do grupo especial na Sapucaí foi a Paraíso do Tuiuti. O desfile falou da força do povo negro e colocou pretos como protagonistas da história mundial. Mayara Lima, princesa que viralizou, quase não entrou na avenida por problemas na fantasia e atraso para chegar na Sapucaí, por isso ela não desfilou com a batera. Já Thay Magalhães, rainha da escola, disse que é o primeiro e último Carnaval dela. A escola ainda estouro o tempo do desfile e teve uma integrante ferida em um acidente com um carro alegórico.
Portela
O desfile da Portela foi sobre o baobá, árvore gigante africana que simboliza resistência e longevidade. A escola usou instrumentos diferentes na percussão e homenageou homenageou Monarco, presidente de honra que morreu em 2021 aos 88 anos. A travessia pela Sapucaí também teve alguns perrengues, com um integrante da comissão de frente tropeçando na frente do júri e um globo gigante que estava em um carro alegórico e foi danificado na concentração, entrando na avenida estragado.
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Mocidade Independente de Padre Miguel
A Mocidade entrou na avenida com um tributo a Oxóssi, orixá caçador que vive nas matas. Um dos destaques do desfile foi a rainha de bateria Giovana Angélica, que raspou a cabeça para desfilar com o mesmo visual que os ritmistas, vestidos de Oxóssi. A escola teve problemas com a evolução e atravessou a Sapucaí com um buraco entre as alas por causa de estrutura desmembrada. A comissão de frente foi um dos destaques, que contou com dançarinos interpretando guerreiros e um drone como flecha voadora.
Unidos da Tijuca
A Tijuca homenageou o povo indígena Sateré-Mawé e retratou uma lenda do guaraná. O desfile foi baseado na história de que o guaraná é fruto dos olhos enterrados de um pequeno indígena que morre envenenado. Lexa, a rainha de bateria, usou uma fantasia inspirada na que Luma de Oliveira usou no desfile de 2005.
Grande Rio
O desfile da Grande Rio teve a missão de apresentar e desmistificar o orixá Exu, mensageiro entre mundo espiritual e o humano. A escola optou por um visual rústico nas fantasias, usando materiais recicláveis, e chamou a atenção com a comissão de frente, que contou com um ator escalando um globo. A passagem da escola pela Sapucaí foi lotada de celebridades como Monique Alfradique, Bianca Andrade, Pocah, Gil do Vigor e Paolla Oliveira, ranha de bateria que desfilou como Pombagira, representação feminina de Exu.
Vila Isabel
Fechando o Carnava, a Vila Isabel foi a última escola desfilar no Rio de Janeiro. Martinho d Vila, presidente de honra da escola, foi o homenageado e teve a história de vida contada na avenida. Gabi Martins, musa da escola criticada pela falta de samba no pé, pediu licença à comunidade antes de entrar na Sapucaí. Sabrina Sato, rainha de bateria, viveu uma maratona após um atraso no desfile da Gaviões da Fiel em São Paulo, mas conseguiu chegar à tempo no Rio de Janeiro para desfilar com a bateria.