Ítalo Ferreira terá história contada em documentário
Reprodução/YUKI IWAMURA / AFP
Ítalo Ferreira terá história contada em documentário

Parte da vida do surfista Italo Ferreira, campeão na Olimpíada de Tóquio , vai virar filme. O documentário "The curious tales of Italo Ferreira", que deve estrear até o fim de setembro diretamente em plataformas digitais, esmiuça a improvável trajetória do esportista nascido no pequeno vilarejo de Baía Formosa, no Rio Grande do Norte.

"Aqui (em Baía Formosa) a pessoa está meio que predestinada, sabe? Predestinada a trabalhar com peixe, a trabalhar na prefeitura, a trabalhar na usina... Só que o Italo não estava predestinado para isso aí, não...", conta Marcelo Buchecha, melhor amigo de infância do surfista e narrador do média-metragem (veja o trailer abaixo).

Com imagens da cidade natal do esportista e depoimentos de amigos, parentes e moradores de Baía Formosa, o documentário dirigido por Luiza de Moraes, com produção da O2 Filmes, mostra como Italo se transformou em campeão mundial do surfe. "Ele começou numa tabuazinha", conta o açougueiro do vilarejo com apenas 8 mil habitantes.

Do isopor ao pódio

Criado numa pousada em que a mãe trabalhava, Italo Ferreira aprendeu a pegar ondas usando a prancha de primos emprestada — quando não conseguia, chegava a improvisar até tampa de isopor do pai, que era pescador, para poder treinar.

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A trajetória de Italo rumo à elite do surfe começou aos 12 anos, quando foi descoberto por Luiz “Pinga”, então diretor de marketing de uma das principais marcas de surfe do mundo.

Pinga ficou impressionado com o desempenho do jovem surfista potiguar durante uma competição amadora na praia de Ponta Negra, em Natal, e o convidou para se juntar à equipe que contava com surfistas do calibre do campeão mundial Adriano de Souza.

Dono de um talento natural raro, Italo estreou no circuito mundial em 2015, terminando o campeonato na sétima posição do ranking. A campanha rendeu para o surfista o prêmio de "Novato do Ano".

Mas foi em 2019 que Italo explodiu para o cenário mundial, mas principalmente nacional — fazendo uma espécie de trajeto reverso. Depois de derrotar a lenda do surfe Kelly Slater na semifinal da WSL (Liga Mundial de Surfe), venceu o mesmo Gabriel Medina em uma decisão emocionante em Pipeline e conquistou seu primeiro e único título mundial, se tornando o terceiro brasileiro a vencer a WSL — Medina ganhou duas vezes e Adriano de Souza uma.

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