Um enredo valorizando a população negra e um carro alegórico que homenageava a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, levantaram o público no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Com o enredo "É Coisa De Preto", a Tom Maior homenageou personagens símbolos da história dos negros no Brasil.
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O destaque ficou para o último carro a entrar na avenida, com a imagem da vereadora Marielle Franco e uma faixa com os dizeres "as minorias são a maioria".
O desfile da Tom Maior , a segunda a desfilar na madrugada deste sábado (22), teve forte teor político e simbólico. Além de Marielle, outra ala que chamou a atenção do público foi a "Madame Satã", uma referência ao transformista da João Francisco do Santos.
Duramente perseguido pela polícia na primeira metade do século XX, Madame Satã foi interpretado pelo enfermeiro Alexandre Filho.
"Nós, por sermos negros, quisemos colocar na avenida essa história. Mostrar para a sociedade que estamos aqui e não vamos desistir tão cedo. A Tom Maior trouxe um impacto para a sociedade, com várias perdas, muitas lutas e muitas histórias", afirmou.
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Assim como a Barroca Zona Sul , a Tom Maior terminou seu desfile no limite do tempo, com pouco mais de 30 segundos antes do relógio estourar. A Barroca passou restando dez segundos.