A primeira edição do concurso de Rei e Rainha da Pessoa com Deficiência do Carnaval de Recife terminou com Caio Antôniom de 27 anos, e Zemily Cazala Santos, de 28, conquistando o júri e a plateia e mostrando que têm muito samba no pé, além de, é claro carisma de sobra.

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Recife elege primeiros Rei e Rainha com deficiência do Carnaval
Camila Leão
Recife elege primeiros Rei e Rainha com deficiência do Carnaval


Os dois foram coroados pelo presidente da Fundação de Cultura, Diego Rocha, e pela Secretária de Direitos Humanos, Ana Rita Suassuna. Pela vitória, a dupla recebe o valor de R$ 4 mil.

O concurso materializa uma das premissas da atual gestão que é tornar o Carnaval do Recife o mais inclusivo do Brasil por meio de ações que promovam o protagonismo da pessoa com deficiência. Para competição, foram considerados candidados com Síndrome de Down. Ao todom 37 pessoas participaram, mas apenas oito chearam à final.

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Moradora do bairro do Pina, a rainha Zemily Cazala subiu ao palco com o apoio da mãe, Laudicéia Santos e do companheiro Pedro Jorge, ela diz que acreditou muito na vitória, mesmo nunca tendo frequentado cursos de frevo. "Ela aprendeu em casa assistindo vídeos na internet", contou, orgulhosa, Laudicéia. "Eu fiquei no meu cantinho assistindo porque eu vi tanta coisa bonita e tanta candidata boa. Mas, esse ano, foi a vez dela e eu estou muito feliz da minha filha ser a representante desse primeiro Concurso". Zemily, que é formada em Estética, completou a mãe: "Eu nasci pro Frevo". 

 Outro que também estava muito orgulhoso foi o empresário Ricardo Rocha, pai do rei Caio Antônio. Aos 27 anos, ele é funcionário público e estava realizado com a sua coroa. Aluno da Escola de Frevo do Recife desde a infância, durante sua apresentação, demonstrou domínio e muita desenvoltura com o ritmo do Frevo. "Me sinto muito bem assim: como rei do Carnaval", brincou enquanto posava para as fotos nos bastidores da festa. 

 Para Daniele Rorato, gestora In Soluções Inclusivas, que compôs o júri, a iniciativa representa um marco histórico no Carnaval pernambucano. "Não tenho conhecimento de outro concurso similar dentro Carnaval. É um concurso que gera representatividade e o sentimento de pertencimento, além da valorização do humano. A Prefeitura do Recife está de parabéns por promover a inclusão das pessoas com deficiência numa das festas mais importantes do Estado. Todos os candidatos muito preparados e mostraram que são já fazem parte do Carnaval . Espero que sirva de referência para outras cidades também adotarem. Fiquei muito feliz por fazer parte dessa história", comentou. 

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Também compuseram o júri da noite, o Secretário Executivo de Turismo, Mustafá Dias, a gerente de Desenvolvimento Social da Fundação de Cultura, Yana Marques e o gerente do Teatro Luiz Mendonça, Carlos Maciel. O concurso foi embalado por clássicos do Frevo pernambucano executados pela Orquestra Clave e contou ainda com interpretação em Libras.

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