"Killing Eve" e a revolução feminina no universo da espionagem
"Killing Eve", cuja segunda temporada estreia nesta sexta (24) no Globoplay, é expressão de momento singular envolvendo mulheres e espionagem. Principal roteirista da série é a responsável pelo novo filme de James Bond
Por iG Gente |
Se você já ouviu falar de Phoebe Waller-Bridge você está em dia com um dos nomes mais quentes do entretenimento no momento. A atriz e roteirista britânica, canceriana de 33 anos, é a grande fiadora de um movimento que ganha forma na cultura pop atual, as mulheres dominando a espionagem .
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É de Phoebe a produção executiva e o argumento de “Killing Eve”, aclamada série que propõe um jogo de gato e rato entre uma agente do MI6 e uma espiã assassina. A segunda temporada da produção estreia nesta sexta (24) no Globoplay. Ela também supervisiona o roteiro do próximo filme de James Bond.
O texto de Phoebe se notabiliza pelo humor cortante. Pense em Vilanelle, a irresistível psicopata vivida por Jodie Comer em “Killing Eve” e dá pra entender a razão dela estar envolvida no próximo Bond. Mas o que Phoebe faz é muito mais profundo que isso. Ela é a principal face de uma rotação inédita neste universo da espionagem na cultura pop.
Ela escreve personagens femininas complexas, inusitadas e envolventes. Uma psicopata mulher não é algo que se encontre em produções por aí e faz parte do charme da série exibida pelo Globoplay .
O despertar como criadora veio com as séries “Crashing” e “Fleabag”, cuja segunda temporada estreou recentemente no Amazon Prime Video, que misturavam humor e melancolia sem qualquer vestígio de correção política e comedimento.
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Ter alguém como Phoebe à frente de uma produção que pensa a mulher além da redistribuição de cotas imperativas no cenário cultural atual é importantíssimo. Veja o exemplo de “Hana”, outra série ambientada no universo da espionagem e com uma protagonista feminina.
A produção, também do Amazon Prime Video, é adaptada do filme homônimo de Joe Wright lançado em 2011, mas não apresenta a mesma sustância narrativa e o mesmo viés subversivo de “Killing Eve”.
Legado
Da espanhola “O Tempo entre Costuras” (2013) a prestigiada “Homeland” (2011-atual), passando por “The Americans” (2013-2018), “Agent Carter” (2015-2016) e “Jessica Jones” (2015-2019), as mulheres mergulharam com força neste universo ao longo desta década.
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“Killing Eve” e Phoebe Waller-Bridge são a maior expressão de uma tendência que se avolumou nos últimos anos na cultura pop com séries focando em mulheres às voltas com o universo da espionagem. Agora, Bond, maior símbolo tanto de masculinidade como da espionagem , empresta um pouco desse fôlego para continuar relevante.