"O Mundo Sombrio de Sabrina" dá embalagem modernosa à bruxaria e magia
Nova série da Netflix tem tudo para emplacar junto ao público jovem e lavar a alma de fãs de Harry Potter carentes de bruxaria na TV; leia a crítica
Um dos principais lançamentos da Netflix em 2018, "O Mundo Sombrio de Sabrina" finalmente chega à plataforma de streaming nesta sexta-feira (26). Em tempo para embalar o clima de Halloween dos saudosos da sitcom da série dos anos 90 e dos fãs da HQ que inspirou todo esse universo que deve responder por um dos maiores hypes da temporada.
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Criada por Robert Aguirre-Sacasa (Riverdale) e com produção de Greg Berlanti, responsável por sucessos teen como “Riverdale” e “Arrow”, “O Mundo Sombrio de Sabrina” já teve sua segunda temporada confirmada antes mesmo da estreia.
O apelo juvenil é inegável e a estrutura narrativa favorece a identificação. Questões como bullying, triângulos amorosos na escola e afirmação feminina estofam dramaticamente a série que é um prato cheio para fãs de bruxas e para pottermaníacos carentes de uma produção alinhada a essa paixão na TV.
A trama de O Mundo Sombrio de Sabrina
Sabrina Spellman (a ótima Kiernan Shipka, de “Mad Men”) é metade bruxa e metade mortal. Seu pai era um bruxo influente que causou uma pequena revolução ao casar-se com uma mortal. Ele e sua mãe morreram em um acidente de avião quando Sabrina ainda era menor. Agora, prestes a completar 16 anos ela precisa escolher entre a imortalidade e a mortalidade. Não é uma escolha fácil e os dois primeiros episódios se ocupam de dimensionar o grande dilema que a protagonista se encontra.
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À medida que a série avança, surgem novos conflitos para Sabrina, que está sempre a dar pistas de ser uma menina conciliadora, mas também muito firme em suas convicções, e descobrimos mais sobre o senhor das Trevas e todo aquele universo. Elementos de terror e ocultismo vão se revelando e ratificando o interesse pela série.
Um dos principais atrativos é a relação tumultuada das tias de Sabrina. Elas exercem alguma influencia sobre a menina, já que a criaram, e fazem pressão para que ela se submeta ao Senhor das Trevas e escolha o caminho da escuridão e imortalidade.
“Eu tenho o direito satânico de matar você”
Hilda (Lucy Davis), é gentil e atenciosa, enquanto Zelda (Miranda Otto) é autoritária e protetora. As encrencas entre as duas funcionam como alívio cômico. Frases como “Eu tenho o direito satânico de matar você” e outras gracinhas temperam a experiência de adentrar o universo de Sabrina. Outra atração à parte é Salem, o gato que não é apenas um gato e acompanha a jovem bruxinha a todos os lugares.
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Com mistérios que se renovam, uma protagonista luminosa, bons personagens coadjuvantes e uma genealogia narrativa que permite muitas temporadas, “O Mundo Sombrio de Sabrina” promete ressoar bem junto a seu público alvo. A primeira temporada tem dez episódios de uma hora de duração e será disponibilizada na Netflix nesta sexta-feira (26).