CEO da Disney aborda caso James Gunn e erro de estratégia com "Star Wars"
Bob Iger, CEO da Disney, falou pela primeira vez sobre a decisão de demitir o cineasta James Gunn, de "Guardiões da Galáxia", após os tuítes controversos
O chefe executivo da Disney, Bob Iger, quebrou o silêncio pela primeira vez durante uma entrevista concedida ao The Hollywood Reporter sobre a polêmica decisão de demitir o cineasta James Gunn da franquia "Guardiões da Galáxia", com base no ressurgimento de tuítes antigos contendo piadas ofensivas envolvendo estupro.
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Questionado sobre a demissão da atriz Roseanne Barr e o cineasta James Gunn, Iger declarou: "É uma mistura de escolhas que eu fiz e que eu apoiei. No caso de Roseanne, creio que foi uma decisão unânime dos executivos da Disney . Já quanto a Gunn, a decisão foi apresentada a mim e eu a apoiei. Não tive motivos para me arrepender".
O caso dos dois funcionários é semelhante. Ambos tiveram suas carreiras impactadas por causa do posicionamento nas redes sociais. Enquanto Roseanne utilizou o Twitter para espalhar ofensas racistas contra uma ex-oficial do governo Barack Obama, o diretor de "Guardiões da Galáxia" foi demitido por causa de piadas ofensivas disseminadas na mesma rede social em questão.
Bob Iger também deixou claro o posicionamento da empresa em relação às denúncias de assédio, como foi o caso de John Lasseter, que acabou deixando a liderança da Pixar graças às acusações. "O que estamos tentando fazer, é ter certeza de que há apenas um procedimento para lidar com esse tipo de denúncia. Estar certo de que esse procedimento não muda dependendo do quão alto ou baixo a pessoa denunciada e a pessoa estão na hierarquia".
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Bob também trouxe à tona a estratégia envolvendo a saga "Star Wars" e o futuro que envolve a franquia. "Os fãs podem esperar que pisemos um pouco no freio com 'Star Wars', mas isso não significa que vamos parar de fazer filmes", declarou durante a entrevista.
O executivo também explicou sobre a nova aquisição que a empresa conseguiu: A Fox e, consequentemente, os mutantes mais famosos do cinema, os X-Men. "Eu quero ser cuidadoso aqui, porque não sei exatamente o que prometemos à Fox. No entanto, é óbvio que não teremos propriedades da Marvel sob nossa jurisdição que permanecerão separadas umas das outras. Não precisa haver duas Marvel", declarou.
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O CEO da Disney afirmou ainda em entrevista que a supervisão dos mutantes será feita por Kevin Feige, chefe da Marvel Studios. Sobre o futuro da franquia, deixou um questionamento: "Kevin tem algumas ideias de como incorporar personagens ao universo, mas quem sabe o que pode acontecer?"