Dupla Anavitória explica o que é real e o que é ficção em novo filme
A dupla teve sua carreira transformada em filme. Em entrevista, elas contam sobre as dificuldades de interpretar uma versão ficcional de si mesmas
“Deu um bug na cabeça”, brinca Ana Clara Costa sobre o fato de interpretar ela mesma, porém numa versão ficcional, em um filme . Ao lado de Vitória Falcão, com quem faz a dupla Anavitória, ela estrela “ Ana e Vitória ”, que chegou aos cinemas na última semana.
A dupla Anavitória surgiu em 2015 depois que o produtor Felipe Simas viu os vídeos que as cantoras publicavam na internet. A estrada até 2018 foi curta, porém cheia de realizações, incluindo um disco de ouro lançado em 2016 e um Grammy Latino que compartilham com Tiago Iorc.
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No filme, que elas definem como “auto ficção”, a história real da carreira das meninas é misturada a ficção. “Tem muito da gente ali que é real. Mas é um roteiro, são falas decoradas”, explica Vitória. “Em tudo tem um pouquinho de verdade e de mentira”, completa Ana. “Não é um documentário”, diz.
Realidade e ficção
Desde que surgiram no cenário musical, as duas são “shippadas” por um grupo de fãs que gostaria de vê-las em um relacionamento. No filme, essa premissa não se concretiza, mas ambas interpretam meninas bissexuais. Enquanto na vida real elas não esclarecem sobre sua sexualidade, elas exploram o tema a exaustão no longa. De acordo com Ana, foi uma escolha natural: “se deu assim”.
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“(O roteiro) reflete muito a maneira como a gente enxerga o mundo e o amor”. Ainda assim, ela ressalva que essas histórias de amor mostradas no filme não refletem a vida pessoal delas: “A gente sabe que muitas pessoas vão entender dessa maneira, mas (o filme) não diz a nossa vida real”, explica.
Anavitória em versões de si mesmas
“Obrigada, obrigada, obrigada”, diz Vitória em certo momento do filme enquanto abraça Ana. “Pelo quê?” pergunta a parceira. “Por me encontrar”, conclui. Entre momentos divertidos e conversas mais profundas, o entrosamento das meninas transborda na tela. Ana explica que ela e Vitória eram apenas conhecidas da escola, e acabaram se tornando amigas quando se tornaram parceiras musicais. “Nós criamos um laço de família”, define.
E foi esse laço que o diretor Matheus Souza buscou. “Na Ana e na Vitória tem muito da gente como o Matheus criou a partir da visão dele”, explica Ana. “É baseado numa leitura nossa que ele fez”, completa Vitória. E dá certo, já que a relação das duas é um dos pontos altos do filme.
Outro ponto, claro, é a música. O longa apresenta diversas canções inéditas escritas por Ana antes do roteiro se formar. Essas faixas, explica a cantora, serviram de base para Matheus escrever o filme.
Na última sexta-feira (03), na esteira do filme, elas lançaram seu segundo álbum, “O Tempo é Agora”, com as músicas do longa, incluindo Canção de Hotel, parceria de Anavitória com o duo OutroEu e faixa que abre o filme.
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O “agora”, inclusive, é a filosofia das duas. Vitória, a personagem, fala sobre isso em conversa com Ana: “eu quero algo que faça sentido agora”. Entre ficção e realidade, o “agora” é muito positivo para Anavitória . Com um disco e um filme, não parece ter muito que elas não possam alcançar.