Inspirado no movimento punk rock , o Afropunk surgiu para quebrar preconceitos e unir os exclusos que eram impedidos de frequentarem shows e festivais de música devido a segragação racial da época. Criado por James Spooner, em meados dos anos 90, nos EUA, o festival inspira liberdade, cultura, música, arte e moda, com diversas referências afrodescentendes e punk.

Leia também: Mulheres negras urgem empoderamento feminino e lutam contra racismo pela música

Afropunk
Reprodução/Instagram/iG Arte
Afropunk


Afropunk é mais que um festival 

Impedido de curtir um dos seus estilos musicais favoritos, o punk rock, por causa do cenário racista, James Spooner mudou-se da Califórnia para Nova York para encontrar pessoas que também sentiam-se excluídas do cenário punk. Spooner encontrou o seu próprio espaço e pessoas que, assim como ele, queriam fazer um som e curtir, criando o Afropunk

undefined
Reprodução/Instagram

Cantor Maxwell, apresentando-se no Festival Afropunk Paris 2018

Não demorou muito para que o movimento tomasse proporções maiores e públicas. Em 2003, o co-fundador do movimento lançou o documentário "AfroPunk" , ateriormente batizado como "The Rock and Roll Nigger Experience", abordando questões como o estilo de vida punk rock, o poder negro, solidão, namoro interracial, música e identidade. 

O documentário de Spooner ajudou a empoderar diversos outros jovens excluídos do mundo, principalmente os negros, mostrando que não eram estranhos àquela cultura, mas sim responsáveis por mantê-la viva. 

Leia também: Kendrick Lamar é o primeiro rapper a ganhar o prêmio Pulitzer

Após o sucesso do filme, o movimento tomou proporções cada vez maiores, surgindo assim, o  Festival AfroPunk , em 2005, reunindo artistas negros que tocam punk e outros estilos musicais, moda, arte e liberdade, sem lugar para julgamentos ou preconceito. 

Você viu?

Em suas edições já apresentaram-se nomes como Willow Smith,  SZA, Janelle Monáe, Suicidal Tendencies, THEEsatisfaction e The Cannabinoids e Erykah Badu. 

Liberdade de expressão 

Classificado pelo The New York Times como “o festival mais multicultural nos EUA”, o evento foi muito além da música, possibilitando que o cenário da moda também ficasse em destaque juntamente à cultura afrodescendente. Tecidos com referências africanas, turbantes, tranças, dreadlocks, cabelos crespos coloridos aparecem como aliados a motivos punk rock, jaquetas de couro, piercings e botas.

O movimento Afropunk é sinônimo de liberdade de expressão e vida
Reprodução/Instagram
O movimento Afropunk é sinônimo de liberdade de expressão e vida


Com muita criatividade fashion, quem faz parte do movimento não se veste para seguir uma tendência ou estereótipo de cor, mas sim de libertar-se e colocar para fora o que realmente sente e é verdadeiramente. 

Confira algumas fotos do Festival Afropunk: 


Leia também: As mulheres mandando na música? Plataforma online promete reequilíbrio de forças

As próximas edições do Festival Afropunk irá acontecer nos dias 25 e 26 de agosto em Nova York, com a apresentação de artistas como Jaden Smith, Fantastic Negrito, Yuna, Denzel Curry, Black Pantera e Royal Sue, em Atlanta nos dias 13 e 14 de outubro com N.E.R.D, Gaika, Nomane e Benjamin Booker e nos dias 30 e 31 em Joanesburgo, na África do Sul. 

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!