A primeira vista Odair, personagem de Lee Taylor em “ Paraíso Perdido ” parece ser um homem sério e duro, fato agravado pela farda de policial e discurso rude quando para um motoqueiro numa blitz em São Paulo. Mas, ao longo do filme, conhecemos sua gentileza, cuidado, amor e uma busca, ainda que discreta, por pertencimento.

Lee Taylor está no ar na TV como Simplício em
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Lee Taylor está no ar na TV como Simplício em "Onde Nascem os Fortes" na Globo

O goiano de 34 anos é o protagonista do novo longa de Monique Gardenberg, criadora de “O Paí, Ó” (2007). Além do filme, Lee Taylor pode ser visto em “ Onde Nascem os Fortes ”, onde interpreta Simplício, um homem que vive vagando pelo sertão nordestino e acaba se unindo a Maria (Alice Wegamnn) que está em busca do irmão.

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Começo tardio de Lee taylor na TV

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Com Jaloo em cena de "Paraíso Perdido"

Taylor, que tem esse nome por conta do amor dos pais ao cinema (Lee vem do ator Lee Majors e Taylor do personagem George Taylor de em “Planeta dos Macacos”), estudou artes cênicas na Universidade de São Paulo e dedicou a maior parte de sua carreira ao teatro. Atuou com pesquisa e ensino no CPT (Centro de Pesquisa Teatral) desde 2004.

Mas foi apenas em 2015 que fez sua estreia na televisão, com participações nas séries “O Hipnotizador” e “Psi”. No ano seguinte ele foi Martin em “Velho Chico”, papel que ampliou sua visibilidade.

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Ao mesmo tempo, Taylor manteve seus trabalhos no teatro e participou de filmes como “Salve Geral” e “Estamos Juntos”. Como Odair em “Paraíso Proibido”, ele serve como ponto de partida para apresentar uma família que leva uma vida nada tradicional. Aberto para o novo e para o diferente, Odair se envolve com os artistas que compõe a casa noturna “Paraíso Perdido”, e se conecta de maneira única com cada um deles.

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Ele mostra sua preocupação com a segurança de Imã (Jaloo), mas também tem uma misteriosa relação com Angelo (Julio Andrade). Solitário, ele dedica seu tempo livre a mãe Nádia (Malu Galli), uma cantora que perdeu a audição e, como consequência sua conexão com o mundo.

Taylor brilha no papel e tem plena consciência dessas relações distintas com cada personagem, o que às vezes o coloca em segundo plano, porém sem apaga-lo ou diminuir sua importância.

Para completar, Taylor ainda está no streaming. Ele é o procurador regional da República em “O Mecanismo”, série de José Padilha sobre a Operação Lava-Jato que estreou em março na Netflix.


Formando atores

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Em "Velho Chico" ele foi Martin e contracenou com Antônio Fagundes, que interpretou seu pai

Além de atuar, Lee tem como ofício a formação de atores. Ele foi docente das disciplinas "Atuação e Performance", "Corpo e Voz" e "Improvisação e Jogos Teatrais" na graduação do Departamento de Artes Cênicas, Educação e Fundamentos da Comunicação (Dacefc) do Instituto de Artes da Unesp.

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Hoje ele trabalha com o Núcleo de Artes Cênicas, em São Paulo, criado por ele e que oferece cursos gratuitos de teatro, que tem como objetivo explorar os “questionamentos de paradigmas tanto da linguagem cênica quanto das práticas humanas do nosso tempo”.

No cinema, no teatro, na internet e na televisão, tem Lee Taylor para todo lado este ano. Tímido em sua relação com a TV, ele não deve ser um nome constante na Globo, já que precisa conciliar os trabalhos nas telinhas com o teatro, mas com certeza é um nome que ainda será muito comentado daqui para frente.  

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