Dez filmes de Hollywood que já alfinetaram a Rússia e a URSS
Não é novidade que os Estados Unidos e a Rússia têm uma relação pra lá de controversa durante toda a história - e isso acaba se refletindo nos filmes
A Guerra Fria pode ter acabado, mas parece que os Estados Unidos ainda não esqueceram os anos conflituosos com a União Soviética. Não é de hoje que Hollywood traz a tona filmes polêmicos como “ A Morte de Stalin” , que deve estrear no Brasil na próxima quinta-feira (07).
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Com um cenário em 1953, logo após a morte de Stalin, o comitê do Partido Comunista se vê em momentos caóticos para decidir quem será o seu sucessor. A comédia de Hollywood chegou a ser proibida na Rússia e levantou um longo debate: é permitido rir do stalinismo hoje em dia, ainda que tenha feito diversas vítimas diariamente?
Entretanto, esta não é a primeira vez que os EUA cutuca a URSS ou a Rússia. Relembre outros dez filmes que já fizeram esse papel:
“Eu fui um comunista para o F.B.I” (1951)
O drama policial de 1951 trouxe bem a tona o que os Estados Unidos pensavam sobre a época. Em Pittsburgh, um agente do F.B.I. trabalha infiltrado no Partido Comunista durante anos, o que faz com que a sua família acredite que ele é um comunista de verdade.
No longa, os comunistas são retratados como oportunistas, cínicos, racistas e bandidos violentos, interessados em apenas uma coisa: tomar o poder em nome da URSS.
“Vampiros de Alma” (1956)
Também em contexto da Guerra Fria, este filme de terror e ficção científica poderia ser só mais uma produção hollywoodiana de Don Siegel, mas o longa veio carregado também de muita conotação política.
O longa se passa na fictícia Santa Mira, na Califórnia, onde trabalha o médico Dr. Miles Bennell (Kevin McCarthy). Em um belo dia, ele recebe diversos pedidos de consultas no mesmo dia em que atropela um garoto que diz não reconhecer mais a sua mãe.
O tempo vai passando e o médico percebe que as pessoas estão sem impressões digitais e, também, sem conseguir exibir nenhum tipo de sentimento ou emoção. É aí então, que a verdade vem à tona: uma silenciosa invasão alienígena que faz menção á dominação da União Soviética na Ásia.
“Amanhecer Violento” (1984)
O filme de John Milius, que teve um remake em 2012, conta a história de um grupo de jovens adolescentes em uma escola do ensino médio de uma pequena cidade do estado do Colorado.
Tudo ia bem até que, um belo dia, o lugar é tomado por soldados soviéticos. Assim, os jovens precisam se refugiar em uma floresta e lutar contra o grande inimigo como guerrilheiros.
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“Rocky IV” (1986)
Sylvester Stallone ressurge como Rocky Balboa neste longa que mostra o personagem planejando se aposentar e viver com a sua esposa. Entretanto, durante uma exibição, um amigo do lutador acaba sendo espancado impiedosamente por um russo recém-chegado.
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Assim, Balboa busca acabar com aquele homem frio e violento, como são representados os russos, dando o troco. Ele voa para a Rússia para treinar para uma luta bem no dia de natal e lutar contra o inimigo.
“Inferno Vermelho” (1988)
Outro filme de ficção e comédia trazendo à tona a Rússia foi lançado nos Estados Unidos anos anteriores à queda da União Soviética. No longa, Arnold Schwarzenegger interpreta Ivan Danko, um disciplinado e destemido oficial da Polícia Soviética que tem como missão capturar um traficante da Máfia Russa responsável pela morte de seu colega em Moscou.
Assim ele parte para Chicago onde encontra o seu parceiro americano e começa uma batalha em busca do traficante russo.
“Queime Depois de Ler” (2008)
O universo da espionagem entre a Rússia e os Estados Unidos parece estar frequente nos filmes hollywoodianos. Em “Queime Depois de Ler”, Linda Litzke (Frances McDormand), funcionária de uma rede de academias descobre ao lado do seu professor Chad Feldheimer (Brad Pitt) um CD.
Ao descobrirem que se trata de material confidencial, eles telefonam a um ex-agente da CIA tentando conseguir dinheiro para evitar que o seu conteúdo, relacionado à Guerra Fria, seja divulgado. A comédia cutuca a União Soviética, mas também a própria relação dos Estados Unidos com essa época.
“Red 2 – Aposentados e Ainda Mais Perigosos” (2013)
A sequência do filme de comédia traz mais uma aventura para os aposentados mais famosos de Hollywood. De acordo com Marvin Boggs (John Malkovich), as suas vidas estão em perigo. Frank Moses (Bruce Willis) parece não acreditar, mas acaba sendo levado para um interrogatório e é quase morto.
A missão é rastrear um dispositivo nuclear portátil que está desaparecido e a partir daí eles precisam encontrar maneiras de sobreviver e combater assassinos, terroristas e oficiais do governo... russos.
“Capitão América: Soldado Invernal” (2014)
Apesar de achar que a Hydra, uma organização que tem como intuito dominar o mundo, tenha acabado, a sequência de “Capitão América” mostra que as coisas não são bem assim. No segundo filme, o longa traz um cenário de Estados Unidos repleto de agentes infiltrados.
Agora, a grande missão do super-herói é combater o mal e, no filme, o símbolo desse mal é nada mais nada menos que os próprios russos.
“Crimes Ocultos” (2015)
Baseado no romance de Tom Rob Smith, o longa traz uma caçada a um assassino de crianças durante a década de 1950 na Rússia stalinista. O longa mostra um agente que quer investigar um assassino à solta, mas como na URSS se vendia a imagem da não-existência de maníacos, as investigações acabam sendo canceladas.
Entretanto, o agente Leo Demidov, interpretado por Tom Hardy não desiste da empreitada e essa busca acaba ameaçando o acobertamento de todo um sistema que insiste em dizer que “não há crimes no paraíso”.
“Operação Red Sparrow” (2018)
Lançado recentemente e envolto de polêmicas, o longa “Operação Red Sparrow” traz a história uma bailarina russa que é convencida a tornar-se uma espiã. Ao passar por um processo árduo, ela acaba tornando-se uma das mais talentosas, mas se apaixona por um agente da CIA em uma paixão proibida.
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O filme traz diversas cenas de violência e diversos clichês que Hollywood já desenhou relacionados à Rússia e União Soviética, como uma agente sensual porém perigosa, os militares disciplinados e a obediência ao Estado.