A bilheteria de “Han Solo: Uma História Star Wars” preocupa a Disney. Em seu primeiro fim de semana em cartaz, feriado nos EUA e 41 anos depois da estreia do longa original, o filme arrecadou US$ 83 milhões ante uma expectativa de faturar US$ 150 milhões. Como o fim de semana é prolongado, nesta segunda-feira (28) comemora-se o Memorial Day, espera-se que a arrecadação chegue aos US$ 110 milhões.

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Alden Ehrenreich em cena de
Divulgação
Alden Ehrenreich em cena de "Han Solo", que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (24)

É muito pouco para as pretensões da Disney. Outros números ligam o alerta no estúdio. Internacionalmente o filme arrecadou cerca de US$ 65 milhões, incluindo aí o prestigiado mercado chinês. É muito pouco para um lançamento dessa magnitude. A China, em particular, parece cada vez mais desestimulada com Star Wars . “Han Solo” arrecadou meros US$ 10 milhões na abertura, registrando um novo recorde negativo para a franquia no mercado chinês.

Compare com os números dos lançamentos anteriores em seus primeiros fins de semana:

  • O Despertar da Força (2015) = US$ 52 milhões
  • Rogue One: Uma história Star Wars (2016) = US$ 31 milhões
  • Os Últimos Jedi (2017) = US$ 28,7 milhões
  • Han Solo: Uma História Star Wars (2018) = US$ 10 milhões

Quem perde?

“Han Solo: Uma História Star Wars” é um filme cheio de problemas e que deixa transparecer o tumulto que foi sua produção. Inevitavelmente a produtora Kathleen Kennedy, que forçou a demissão dos diretores Phil Lord e Chris Miller, sai chamuscada desse fracasso. Ela deve perder ascendência sobre muitas decisões dentro da Lucasfilm.

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Ainda que se segure como Solo , o ator Alden Ehrenreich também deve se machucar com a percepção ruim que paira sobre "Han Solo". Afinal, são públicos e notórios os comentários a respeito da desconfiança sobre o ator segurar o filme e, no final das contas, o filme não se segura dentro de suas aspirações comerciais.

Ron Howard , por seu turno, continua a colher más experiências em suas incursões pelo cinema mais comercial. Seus últimos grandes filmes, “Rush – no Limite da Emoção” (2013) e “Frost/Nixon” (2008), eram filmes menos ambiciosos nesse sentido.

O que deve mudar?

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Mark Hamill já deu declarações controvertidas sobre os rumos de Star Wars

Com o rendimento comercial abaixo do esperado e a recepção pouco amistosa da crítica a “Han Solo”, a Disney pode se sentir desafiada a promover algumas mudanças na forma de conduzir a Lucasfilm. A primeira pista pode ser dar mais autonomia aos artistas que recruta para redesenhar e expandir o universo criado por George Lucas .

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Esse ponto em particular tem sido um constante foco de crise. Com exceção de "O Despertar da Força" todos os filmes de "Star Wars" sob o jugo da Disney tiveram troca de diretores e relatos de divergências agudas nos bastidores. 

Outra medida pode ser ampliar o intervalo entre os lançamentos. Parece cada vez mais claro que Marvel e Star Wars demandam tratamentos diferentes.

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