O filme “ Diamantino ”, dirigido pelo português Gabriel Abrantes e pelo americano Daniel Schimidt, foi o grande vencedor nesta quarta-feira (16), do prêmio da semana da crítica do Festival de Cannes.
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Com coprodução brasileira, francesa e portuguesa, o filme vencedor em Cannes foi gravado em Portugal e trata de uma maneira bem humorada assuntos da atualidade, como o culto à celebridade, o crescimento da extrema direita e a crise dos refugiados, com o jogador de futebol Diamantino (Carloto Cotta) no centro da história.
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O famoso jogador foi inspirado nada mais, nada menos, que em Cristiano Ronaldo , o craque de grande sucesso mundial. O longa ainda mostra que Diamantino leva Portugal à Copa do Mundo 2018, mas nem tudo acontece como ele esperava. Magoado por decepcionar os fãs, o craque toma um novo rumo na vida e resolve adotar um refugiado.
Conseguindo um grande prestígio no festival com a comédia e tirando boas risadas do público, “Diamantino” levou com honestidade o prêmio da semana da crítica do Festival de Cannes. Já o filme “Hector Malot – The Last Day Of The Year”, da diretora grega Jacqueline Lentzou, foi o ganhador na categoria de “Melhor Curta-Metragem”.
Como surgiu “Diamantino” até chegar à Cannes
Os diretores do filme contam que o ator Carloto Cotta foi uma exelênte escolha. “Sabíamos que queríamos trabalhar com Carloto Cotta. Ele oferece performances tão generosas e inventivas que são cativantes e hilárias. Assim que pensamos nele, o imaginamos como um gênio do futebol ingênuo e milionário, o mais icônico dos ícones portugueses.”
“As peças vieram juntas de uma vez - ator, personagem, história - o que foi ótimo. Nós escrevemos o filme com Carloto em mente, mas no set ele realmente trouxe vida ao filme inventando um herói surpreendentemente tocante”, elogiam.
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Já o produtor Daniel van Hoogstraten, explica como foi o cantado com a história. “Meu primeiro contato com o Diamantino em 2012, foi no Festival de Rotterdam, onde estava com o projeto do Fala Comigo. A partir daí foram muitas conversas, o roteiro mudou bastante, evoluiu muito e virou quase outro filme.”
Ele ainda ressalta que o processo foi bastante complexo. "Primeiro projeto internacional da Syndrome não majoritariamente brasileiro, mas com apoio da ANCINE e do FSA e conseguimos realiza-lo. Foi um super aprendizado e estou muito feliz com esta estreia em Cannes ”.