Uma das melhores comédias originais da Netflix , “Santa Clarita Diet” volta para sua segunda temporada com ainda mais energia, potência satírica e disposição para entreter com inteligência, incorreção política, deboche e vísceras.
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![Família (e agregado) reunida em cena do 2º ano de Santa Clarita Diet Família (e agregado) reunida em cena do 2º ano de Santa Clarita Diet](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/dy/69/w9/dy69w9jnn3tmbrjxi5un11nmi.jpg)
O segundo ano começa com Eric (o sempre divertido Skyler Gisondo) descobrindo uma fórmula para frear a decomposição de Sheila (Drew Barrymore). Nessa nova safra de episódios de “Santa Clarita Diet” , os Hammond se deparam com a necessidade de burilar seus métodos de prover alimentação para Sheila. Eles precisam descobrir, ainda, se há ou não outros contaminados na região.
A segunda temporada do hit da Netflix consegue ser ainda mais fluída e divertida do que o ótimo primeiro ano. Os primeiros episódios terminam com cliffhangers bem pensados e ainda melhor justificados dentro do desenvolvimento narrativo do programa.
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Drew Barrymore em cena da segunda temporada de "Santa Clarita Diet"
O retorno de Nathan Fillion como a cabeça zumbi de Gary, a primeira vítima de Sheila, é um desses grandes momentos que inesperadamente agregam valor à segunda temporada. Que tem como um de seus destaques a maneira sutil, mas bastante assertiva, com que a trama desmonta valores vigentes na sociedade contemporânea aferrada à correção política.
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Se no primeiro ano a ideia era rir da classe média dos subúrbios norte-americanos, agora as piadas se voltam para novos dogmas culturais e sociais . Um dos melhores momentos é quando os protagonistas precisam decidir se matar um nazista portador de necessidades especiais pode ser considerado um ato de preconceito.
Aprimorando “Santa Clarita Diet”
![Timothy Olyphant permanece como o melhor elemento cômico de Santa Clarita Diet Timothy Olyphant permanece como o melhor elemento cômico de Santa Clarita Diet](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/74/13/66/741366vkup16emstityie774r.jpg)
Os produtores foram bem sucedidos em corrigir um dos pequenos deslizes que acometeram o primeiro ano da série: o desequilíbrio de tom e ritmo. No segundo ano, há mais concisão narrativa e a sátira joga junto com a trama, que se desdobra fundamentalmente em três arcos. Sheila e Joel (Timothy Olyphant) ficando mais à vontade com suas personas de fora da lei, a tensão sexual entre Eric e Abby (Liv Hewson) e a expansão desse universo zumbi tão peculiar. Além do quadro de Sheila evoluir e surgirem novos personagens contaminados, há novos personagens que se relacionam com a epidemia zumbi de um ângulo totalmente novo. Como um grupo que age como uma espécie de “caçadores de mitos”.
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A tensão sexual entre Eric e Abby é um dos pontos fortes do novo ano
Os atores estão impecáveis. Timothy Olyphant continua o maior destaque da série. Seu timing cômico consegue estar ainda mais tarimbado do que no primeiro ano e a série soube otimizar isso. O ator é mesmo o protagonista formal dessa segunda temporada. Drew Barrymore, por seu turno, conta com piadas melhores e está muito mais à vontade na pele de Sheila. Liv Hewson e Skyler Gisondo mantêm o bom nível do elenco e capricham no entrosamento.
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O segundo ano de “Santa Clarita Diet” fecha com invejável fôlego para uma série de comédia tão fora da caixa como essa e acena para um tom satírico ainda maior no futuro. Que série consegue fazer rir com uma detetive lésbica que também é fanática religiosa? O terceiro ano promete.