Considerado uma obra-prima do cinema, “2001: Uma Odisseia no Espaço” é o trabalho mais ambicioso de Stanley Kubrick . Baseado no conto “The Sentinel” de Arthur C. Clarke (que colaborou no roteiro), o filme completa 50 anos como um clássico da sétima arte, e segue inspirando outros longas.

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"2001: Uma Odisseia no Espaço": obra-prima de Stanley Kubrick segue atual 50 anos depois de seu lançamento

O filme é, até hoje, referência em efeitos especiais, e tem fãs estrelados como George Lucas, que o considera a melhor ficção científica do cinema . Já Christopher Nolan, por exemplo, usa a cena final de “ 2001: Uma Odisseia no Espaço ” como base para a cena de morte de Maurice Fischer (Pete Postlethwaite) em “A Origem”.

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O filme retratou o futuro da humanidade e sua origem, fez questionamentos sobre a raça humana e previu tecnologias que hoje existem de verdade. Seu legado para o cinema é incontestável e, 50 anos depois, o longa segue atual. Confira cinco motivos que mostram porque o filme é um dos maiores clássicos do cinema.

  • O futuro de “2001: Uma Odisseia no Espaço”

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"2001: Uma Odisseia no Espaço"

O filme de 1968 mostrava diversas tecnologias avanças para a época, mas que hoje são muito comuns: TVs de tela plana, tabletes e até mesmo computadores com inteligência artificial (como a Siri da Apple). Se o filme foi inovador ao “prever” essas tecnologias, o futuro pode ser aterrorizante se seguir os passos do longa.

Jan Harlan, cunhado de Kubrick e produtor de “O Iluminado”, comentou que o diretor sempre “previu” o fim da humanidade, no filme retratado pelo computador HAL sobrevivendo quando os humanos padecem. O fim do mundo e a dominação das máquinas se tornou um tema recorrente no cinema, mas em 68 era uma novidade pouco explorada.

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  • Desbravando o desconhecido no cinema

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"2001: Uma Odisseia no Espaço"

Como muitos longas depois, o filme retrata uma viagem ao desconhecido, em busca de vida inteligente fora da terra. A temática continuou sendo explorada em longas como “Alien” ou “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, mas “2001” o fez primeiro, e de maneira complexa. O filme não questiona só a possibilidade de vida fora da terra, mas põe em questão o futuro da própria humanidade.

  • Tão incrível quanto a realidade

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"2001: Uma Odisseia no Espaço"

Um ano depois do lançamento do filme, Neil Armstrong e Buzz Aldrin seriam vistos posando na Lua pela primeira vez. A imagem, até hoje, é dada como falsa por alguns teóricos da conspiração. Muito disso se deve ao êxito do filme que, um ano antes, havia retratado a viagem do homem ao espaço com tanta eficiência e fez com que muito acreditassem que a imagem dos astronautas fosse, na verdade, baseada em cenas excluídas do filme.

  • Efeitos especiais

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"2001: Uma Odisseia no Espaço"

Os efeitos especiais criados para “2001: Uma Odisseia no Espaço” foram considerados vanguardistas. Não só convenceram pessoas que servia como base para o pouso na Lua, como segue sendo referência até hoje. A diretora Claire Denis, em entrevista sobre o filme para o The Guardian comentou: “os efeitos especiais do filme simulam uma coreografia. Efeitos especiais modernas são muito bonitos, mas não dão a mesma impressão física”.

Usando novamente “A Origem” como exemplo, muito anos antes de Nolan criar um set giratório para a cena do hotel no longa, Kubrick desenvolveu um centrifugador gigante para fazer as cenas onde não havia gravidade em “2001”.

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  • E.Ts nada previsíveis

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"2001: Uma Odisseia no Espaço"

As imagens mais comuns de extraterrestres dão conta de um homem pequeno, verde e com a cabeça maior do que a dos humanos. Claro, existem variações, mas essa versão é a mais comumente retratada no cinema. Kubrick, porém, evita esse imaginário óbvio em “2001: Uma Odisseia no Espaço” e os retratada de maneira sutil, mostrando que sua existência vai além de um formato. Denis Villeneuve faria algo parecido em 2016 em “A Chegada”.

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