A primeira noite de desfile das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro foi recheada de protestos políticos. Na madrugada desta segunda-feira (12), a Paraíso do Tuiuti mostrou seu carnaval com o enredo "Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?" com a ideia de que a exploração dos escravos prossegue, de outras formas, nos dias atuais.
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Já no final do desfile, um carro alegórico trazia um homem com a faixa presidencial com o nome de "vampiro neoliberalista", fazendo uma alusão crítica ao presidente Michel Temer. Além disso, o carnaval da agremiação teve uma ala chamada "Manifestoches" mostrava pessoas fantasiadas de patos, sugerindo que manifestantes foram fantoches em protestos políticos.
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Também na madrugada desta segunda, a Mangueira entrou na Sapucaí e transformou o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, em boneco de Judas na sua última alegoria. Neste ano, a escola apresentou o enredo "Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco".
O último carro da Mangueira trazia a frase: "Prefeito, pecado é não brincar o carnaval" e o boneco do prefeito como Judas que são malhados no sábado de aleluia e a placa "Pega no Ganzá". Já na primeira alegoria outro recado para Crivella: uma silhueta de braços abertos coberta de plástico com a frase: "Olhai por nós, o prefeito não sabe o que faz".
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Vale lembrar que, no ano passado, Marcelo Crivella anunciou um corte nos recursos destinados pela Prefeitura para as escolas de samba . Segundo ele, metade da subvenção de R$26 milhões para as agremiações foi remanejada para creches. A prefeitura alega que ajudou as escolas a captar patrocínio e o governo federal também contribuiu para o carnaval deste ano.