A Beija-Flor, escola de samba da Baixada Fluminense, teve sua quadra interditada depois de uma liminar obtida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) na sexta-feira (9). O que causou a interdição foram problemas com alguns camarotes do local. As informações sobre o caso são da Agência Brasil. 

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Um dos ensaios da Beija-Flor em sua quadra para o carnaval 2018
Eduardo Hollanda/Facebook/Beija-Flor
Um dos ensaios da Beija-Flor em sua quadra para o carnaval 2018


Segundo a ação civil, camarotes do segundo e do terceiro mezanino da quadra da Beija-Flor haviam sido interditados pelo 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar, mas a escola de samba  tradicional do carnaval carioca teria descumprido as orientações. Ainda de acordo com a Agência Brasil, na quinta-feira da semana passada (5), Ricardo Martins David, presidente da agremiação, foi conduzido por agentes Ministério Público à 52ª Delegacia de Polícia, por desobediência à determinação administrativa de interdição parcial do local por crime de desobediência.

Ainda foi fixada uma multa de R$ 50 mil por dia caso a escola descumpra a liminar sobre a interdição a quadra. No texto da liminar ainda é alertado para o perigo das aglomerações em períodos de festa como o carnaval, quando uma multidão de reúne nas quadras das escolas para ensaios e comemorações. 

"Recentemente, ocorreram tragédias envolvendo aglomerações de pessoas, em razão de falhas de segurança, como as da Boate Kiss, que ceifaram a vida de centenas de pessoas, o que demonstra que normas de segurança estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros devem ser obedecidas com rigor", afirma parte da liminar. 

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Problema com a quadra da Beija-Flor é antigo

Também segundo a Agência Brasil, os problemas na quadra da escola não são recentes. Ainda em 2013, o Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu dos bombeiros relatório que apontava perigos na quadra e falava da interdição do local para eventos públicos. Na época foi instaurado um inquérito civil para averiguar as condições da quadra. 

Depois disso, a escola de samba de Nilópolis afirmou que estava fazendo obras no local e foi desinterdidada. Dois anos depois, em 2015, os bombeiros voltaram a informar que a escola não estava autorizada a realizar qualquer evento de reunião pública naquele local.

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Já em fevereiro de 2017, os camarotes do mezanino da quadra foram interditados pelos bombeiros após ter sido verificado o descumprimento de normas de segurança, incêndio e pânico. Meses depois, em dezembro, o Corpo de Bombeiros disse ao Ministério Público que ainda não havia sido emitido Certificado de Aprovação e Certificado de Registro em favor da agremiação. 

No início deste mês o assunto ganhou força de novo e, mais uma vez, falaram os riscos do local. Segundo a Agência Brasil, a assessoria de imprensa da Beija-Flor não se manifestou sobre o caso. 


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