Nesta segunda-feira (29), a Agência Nacional do Cinema – ANCINE divulgou o “Informe de Salas de Exibição” de 2017. O relatório contém dados sobre os lançamentos de filmes nacionais do ano além de informações sobre as bilheterias relacionadas às produções nacionais. Os resultados, por sua vez, são bastante animadores para quem faz cinema no país: o ano foi marcado por um recorde de lançamentos – 158 títulos, marcando um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior e um recorde nos últimos 22 anos.
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Dentro dos dados coletados pela agência, outro fator inédito foi percebido em relação aos filmes nacionais . O número de documentários e animações brasileiras estreantes ultrapassam consideravelmente as quantidades anteriores. No caso das animações, 2017 fechou com 7 filmes no mercado, enquanto em 2016 este tipo de produção havia sido limitado apenas a um e em 2015 zero. Já os documentários somaram 60 títulos, 16 a mais que o ano anterior.
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Desde 2015, o Brasil vem sentindo um crescimento no lançamento de produções nacionais. Em 2013 o país alcançou 129 títulos, com uma queda significativa em 2014 para 114 filmes. Entretanto, no ano seguinte conseguiu superar os números anteriores com o lançamento de 133 e em 2016, 142 filmes.
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Apesar da boa notícia, os públicos nas salas de cinema apresentou um pequeno recuo de 1,7% em relação ao ano anterior, contabilizando 181,2 milhões de pessoas. A queda, entretanto, não indica que os filmes estrangeiros também tenham sentindo a pressão, já que eles venderam 10 milhões de ingressos a mais que no ano anterior, totalizando 163,7 milhões de ingressos vendidos. O filme com maior público no ano, por sua vez, foi a animação “Meu Malvado Favorito 3”, com 9 milhões de espectadores. Nacionalmente, a obra que alcançou uma maior bilheteria foi “Minha mãe é uma peça 2”, com 5,2 milhões. Vale lembrar que o longa em questão foi lançado ainda no final de 2016.
Distribuidoras
Os números também foram animadores para as distribuidoras nacionais, que contribuíram com a oferta de 81% do total de filmes lançados e 95,8% dos filmes nacionais. A Vitrine Filmes foi a distribuidora que mais colocou filmes no mercado com 61 títulos, entre eles, 57 nacionais. Para o bolso das empresas, o sinal também foi verde: elas ficaram com 90,7% do valor arrecadado da bilheteria de filmes nacionais.
De olho nas telonas
O ano de 2017 encerrou com um total de 3220 salas de exibição em funcionamento, ficando próximo ao recorde histórico que aconteceu no ano de 1975, em que foram contabilizadas 3276 salas. Além disso, 35 complexos de cinema foram inaugurados, totalizando 107 novas salas. Outros três foram reabertos e dez ampliaram os números de telas, totalizando 125 salas.
A região sudeste foi a que mais usufruiu dessas novas mudanças, representando 28,8% das aberturas, reaberturas e ampliações, ficando na frente das regiões Nordeste e Sul, com 27,2% cada. Além disso, em ambas regiões, a maioria das novas salas foram inauguradas em municípios com menos de 100 mil habitantes, enquanto no Centro-Oeste, Norte e Sudeste, os