O Santander Cultural terá que realizar duas novas exposições após o cancelamento polêmico do “ Queermuseu ”. De acordo com termo de compromisso assinado entre o Santander e o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul , as exposições obrigatoriamente deverão ser sobre temas relacionados aos direitos humanos, respeitando a diferença e a diversidade.

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Obra na exposição
Reprodução/Twitter
Obra na exposição "Queermuseu", que foi encerrada após acusações de grupos conservadores

O compromisso foi assinado pelo Santander Cultural junto ao Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão. A medida foi tomada após a apuração de prejuízos à liberdade de expressão diante do encerramento antecipado em 30 dias da mostra ” Queermuseu ”, no ano passado.

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De acordo com uma nota publicada no site do Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul, as duas exposições deverão obrigatoriamente ficar abertas por cerca de 120 dias cada.

Na primeira exposição devem-se abortar questões da intolerância, enfatizando: gênero e orientação sexual, étnica e de raça, liberdade de expressão e outras formas de intolerância. Já na segunda, sobre o empoderamento das mulheres na sociedade contemporânea e a diversidade feminina. Enfatizando as questões culturais, orientação sexual e de gênero, étnicas e de raça.

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No termo também está estabelecido que o Santander Cultural deverá ter grande atenção e sinalizar a todos se houver representações de nudez, sexo ou violência nas obras que serão expostas nas exposições, para a conscientização do publico. Se as exposições não cumprirem com todas as obrigações presentes no termo, o Santander deverá pagar uma multa de R$ 800 mil.

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Queermuseu

Após acusações de grupos conservadores, de que as obras faziam incitação à pedofilia, zoofilia e ofendiam símbolos religiosos, defendendo que certas obras não deveriam estar expostas ao publico, houve o encerramento antecipado em 30 dias da exposição “ Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira ”, causando grande polêmica.  Após o fechamento houve várias manifestações erguendo a bandeira de “ Abaixo a censura ” e “ Censura NÃO ”, causando grande repercussão. O caso aconteceu em setembro de 2017, em Porto Alegre.

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