Na última sexta-feira (22) estreou oficialmente o filme “Bright”, na Netflix . Estrelado por Will Smith e Joel Edgerton , o longa teve o seu pré-lançamento no último dia da Comic Con Experience 2017, em São Paulo, durante o painel da gigante do streaming que contou com a presença dos atores principais e do diretor da trama, David Ayer (“Esquadrão Suicida”).

Cena do filme Bright, o novo lançamento da Netflix com Will Smith
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Cena do filme Bright, o novo lançamento da Netflix com Will Smith

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Apesar de toda a expectativa, " Bright " não convence. A história se desenvolve em uma Los Angeles habitada não apenas por humanos, mas por elfos e orcs, sendo esses últimos marginalizados pelo restante da sociedade. Daryl Ward (Will Smith) é um policial que vive insatisfeito com a escolha de sua dupla no trabalho: o orc Nick Jakoby (Joel Edgerton), o primeiro de sua raça a entrar na força.

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Apesar de apaixonado por seu trabalho, Jakoby precisa lidar com a rejeição de seus colegas de batalhão e, até mesmo, de seu companheiro, já que, por um suposto descuido seu, Ward teria levado um tiro de um outro orc que acabou escapando impune. A relação é interessante ao passo que traz um ator negro no papel de um policial racista que discrimina sua dupla pelo simples fato de serem diferentes.

A ação efetivamente começa quando os policiais são convocados para atender um chamado em uma casa misteriosa. Chegando no local (e após serem recebidos por tiros), encontram um cenário esquisito envolvendo corpos e uma espécie de magia negra, os obrigando a chamar reforços de outros oficiais.

Enquanto a ajuda não chega, conhecem Tikka (Lucy Fry), uma elfa fugitiva que está em posse de uma varinha mágica que só pode ser manipulada pelos chamados “brights”, como ela. O objeto é tentador à todas as espécies, as quais almejam tê-lo para controlar tudo a sua volta, inclusive, mudar coisas do passado. A loira está em fuga de seu antigo grupo liderado por Leilah (Noomi Rapace), uma elfa maligna que deseja trazer com o poder da varinha o “Senhor das Trevas” de volta ao mundo, como se fosse uma espécie de Lord Voldemort tentando recuperar seus poderes com a ajuda dos comensais da morte, em Harry Potter.

Em uma nova reviravolta, Ward e Jacoby passam a ajudar Tikka e serem uma espécie de guardiões da varinha não apenas contra a poderosa Leilah, mas também a protegendo de grupos de humanos, elfos e orcs que desejam o objeto mágico e usam de qualquer artifício contra a dupla para detê-lo.

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Cena de "Bright", já em cartaz na Netflix

O toque de David Ayer é visível na produção. Com muitas cenas de bombas, explosões e brigas, o diretor faz relembrar um pouco o clima de seu filme anterior, "Esquadrão Suicida". Os defeitos dessa antiga produção também se repetem em “Bright”, como os problemas nos planos sequências e a demora em explicar ao espectador o que estava de fato acontecendo por ali.

O papel de Smith cai como uma luva para ele, mas não lhe traz grandes desafios, afinal, fazer o papel de um durão que precisa enfrentar vários desafios e utiliza de seu jeito cativante e humor ácido para dar uma pitada mais engraçadinha à história não é grande novidade entre os papeis do nosso eterno protagonista de “Um Maluco no Pedaço”.

Quem surpreende mesmo é Joel Edgerdon que consegue fazer com que o público fique, desde o início, sensibilizado pela história do orc que “só queria realizar seu sonho”. É claro que todo o figurino e maquiagem ajudam.

Toda a história com os elfos, os brights, as gangues e os policiais em torno da vara mágica é tratada de forma mais superficial na trama. Não se tem um maior aprofundamento sobre a época do “Senhor das Trevas”, do porquê ninguém gosta dos orcs por tantos anos, de onde surgiu os brights e, até mesmo, como surgiu a tal varinha milagrosa.

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Talvez essas explicações fiquem para a sequência de “Bright” que, após pedidos de Will Smith durante sua participação na CCXP 2017 por apelos dos fãs para o segundo filme, teve a sua sequência confirmada pela Netflix. 

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