A Sony já havia gerado grande expectativa por seu painel quando anunciou a participação de Nick Jonas , que integra o elenco de “Jumanji: Bem-Vindo à Selva” , mas o que se viu no auditório Cinemark neste sábado (9) foi possivelmente o melhor painel de um estúdio em uma Comic-con brasileira. Conteúdo exclusivo, interatividade,brindes, ações bacanas e mimos para o público, além de duas atrações surpresas que não tinham sido previamente anunciadas pela organização.
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O clímax do evento foi mesmo o link direto com o set de filmagens de “Venon”, produção que chega aos cinemas em 2018 e está sendo gravada em Atlanta. O diretor Ruben Fleischer disse que podemos “esperar por muita ação e o humor negro”. Tom Hardy aparece e leva o público presente no painel da Sony ao delírio. “Nós estávamos preparados para fazer um bate e volta aí no Brasil, mas a neve não deixou. Mas vejam, eu estou com essa camisa com a hashtag #weareVenon e o pessoal do estúdio vai distribuir para vocês. Prometo que estamos empenhados em levar a vocês o filme que o personagem merece”.
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Uma bandeira gigante foi desenrolada no auditório em uma ação com grande potencial para viralizar. É a Sony pensando a feira pop brasileira como elemento vital na estratégia de lançamento de seus filmes. O que ajuda a entender outra surpresa da tarde.
A presença dos diretores Phil Lord e Chris Miller que vieram apresentar em primeira mão um teaser de “Homem-Aranha: Por Dentro do Aranhaverso” (tradução livre para “Spider-Man: Into the Spider-verse). Trata-se de uma animação com o Aranha do universo Ultimate, Miles Morales. O visual é nada menos do que espetacular. É quase como se uma HQ ganhasse vida na tela grande. As duas novidades mais surpreendentes da apresentação da Sony em São Paulo sinalizam que o estúdio vai investir pesado na expansão do universo do Aranha no cinema. “Nunca tivemos um filme de herói que se apropria desse look das HQs”, observa Phil Lord.
Extremamente bem-humorados, os diretores fizeram piada. “Eu estou aqui só pelo Nick Jonas”, disse Lorde. Pouco depois da apresentação do trailer, um barulho ensurdecedor vinha de fora do auditório. “Algo muito legal está rolando ali fora”, disse Miller. “Provavelmente é Nick Jonas”, comentou o moderador Érico Borgo. “Ele é tão charmoso não”, emendou Lord. Ele ainda disse que adorou comer Cacau, mas não pode dizer o mesmo de Mortadela. Ambos visitaram o mercado municipal de São Paulo pela manhã.
Outras novidades
A primeira atração da exposição da Sony foi “Jumanji”, que estreia no Brasil em 4 de janeiro. Antes de Nick Jonas subir ao palco, Dwayne “The Rock” Johnson e o restante do elenco do filem – que ainda tem Jack Black e Kevin Hart – apareceram em uma engraçadíssima esquete gravada especialmente para o evento em que brincam com a vaidade inerente às estrelas de cinema.
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No palco, Nick respondeu perguntas que fãs enviaram previamente para a organização e reagiu ao carinho da plateia com um “I Love you”. Sobre o filme, disse que adorou fazer suas cenas com Jack Black, a quem gostaria de escolher se “Jumanji” fosse um jogo real e ele pudesse escolher pessoas de verdade como avatares. O astro comentou, ainda, que jamais renunciará da experiência de cantar em um palco, “porque é a melhor sensação do mundo” e se despediu tirando uma selfie com o público.
A Sony apresentou novidades de “Hotel Transilvânia 3”, que ainda está sendo finalizado e “Alpha”, previsto para março e que é uma espécie de “Mogli ambientado na pré-história”. A direção é de Albert Hughes (“O Livro de Eli”) e, a julgar pelo teaser, o visual promete ser acachapante.
O produor Jason Blum, que revitalizou o cinema de horror moderno, foi ao palco acompanhado de Lin Shaye para falar de “Sobrenatural: A Última Chave”, quarto filme da franquia que chega em 18 de janeiro. “A influência de James Wan (diretor dos dois primeiros) ainda está conosco”, disse Blum. Wan, que também é responsável pelo início das franquias “invocação do Mal” e “Jogos Mortais”, atua como produtor do filme.
Perguntado sobre a razão do sucesso dos filmes que produz, Blum foi humilde, mas categórico. “acredito que um bom filme de terror é uma combinação de história, personagens e bons atores”.
O painel da Sony tratou muitíssimo bem o fã brasileiro e fez a experiência de quem pegou fila e gastou muito dinheiro para estar lá valer a pena.