A segunda temporada de “Stranger Things” mal estreou e já está dando o que falar. Agora com nove episódios, trazendo uma trama mais longa que a sua estreia na Netflix , a série retorna com as anos 1980 a todo vapor nas telinhas trazendo as melhores referências da década para os fãs. Com uma trilha sonora diretamente do túnel do tempo, roupas e cabelos dignos de serem expostos no museu, além de todo um cenário ambientado na época, a nova temporada já inicia em uma fliperama com jogos como “Dragon’s Lair”, “Dig Dug” e “Centipede”, que fizeram muito sucesso na época, tomam conta das telinhas nos primeiros episódios, tendo o segundo sido homenageado até mesmo como título de um dos capítulos da série durante a temporada.

Stranger Things trouxe mais uma bagagem de referências aos anos 1980 enlouquecendo os fãs
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Stranger Things trouxe mais uma bagagem de referências aos anos 1980 enlouquecendo os fãs

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Entretanto, estas não são as únicas referências que a série traz a tona desta vez na Netflix. Confira outras alusões de “ Stranger Things ” a uma das melhores décadas para a cultura pop [contém spoilers!]:

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Na trilha sonora

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O personagem Billy é apresentado ao som de "Rock You Like a Hurricane"

Mesmo quando não há alguma canção famosa emplacando nas cenas de “Stranger Things”, a série consegue trazer melodias e beats que são características da década de 1980. Entretanto, na nova temporada, muitas bandas que tiveram o seu auge durante naquela época ganharam destaque. Rock You Like a Hurricane , do Scorpions, por exemplo, é um desses casos. A música introduz Billy (Dacre Montgomery) na trama, quando ele chega de carro para a escola de Hawkins. Além disso, outras bandas podem ser ouvidas durante a temporada como Whip It , da banda Devo, com a chegada de Will Byers (Noah Schnapp) no fliperama de Hawkins, Shout at The Devil do Motley Cruë durante a festa de Halloween de Nancy (Natalia Dyer) e Steve (Joe Keery), Hammer to Fall do Queen durante a primeira ligação entre Dustin (Gaten Matarazzo) e Steve e Every Breath You Take do The Police que circunda Hawkins mais tarde.

Apesar de o foco ser os anos 1980, “Stranger Things” ainda homenageia a década anterior, com o episódio do encontro entre as irmãs perdidas: em que Eleven (Millie Bobby Brown), ao som de Runaway do Bon Jovi, foge de Hawkins para conhecer Kali (Linnea Berthelsen), com quem dividiu um quarto do Laboratório de Hawkins na infância. Essa nova personagem, por sua vez, pertence a uma tribo de punks, um movimento que teve o seu auge nos anos 1970 e já, naquela época, estava em declínio. Entretanto, isso não faz com que ícones da época passem despercebidos, como a banda The Runaways, que acaba sendo a trilha sonora da mudança do visual de Eleven, com a canção Dead End Justice . Também no âmbito do punk a música Should I Stay or Should I Go do The Clash retorna às telinhas durante a sessão de exorcismo que Will tem que enfrentar.

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Na sétima arte

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Os caça-fantasmas de Stranger Things

O clássico "Caça-Fantasmas" dos anos 1980 voltou com tudo em 2016 com a regravação nas mãos de Paul Feig protagonizado por mulheres. A referência, portanto, não deixaria de estar na nova temporada da série que acaba unindo o melhor dos dois mundos: o passado e o presente. A música tema do filme também é parte da trilha sonora do filme e, na noite de Halloween das crianças, o grupo de Mike (Finn Wolfhard), Lucas (Caleb McLaughin), Dustin e Will se vestem de caça-fantasmas para pedir gostosuras e travessuras nas ruas. Entretanto, este não é a única referência da sétima arte que emerge com tudo na série.

Outra sensação do momento – e que na verdade foi lançada na década posterior ao que se passa na série – é “It: A Coisa”. A história de Bob (Sean Astin) em relação a Mr. Baldo é semelhante a de como Georgie, do filme de terror, se encontra com o palhaço Pennywise. “Mad Max: A Estrada Da Fúria”, que também ganhou uma regravação recente, em 2015, também fez parte do novo filme, com a personagem Max (Sadie Sink), que usa o apelido da personagem cinematográfica nos fliperamas da vida.

Não se pode deixar de mencionar “Aliens”, já que é a partir deste filme que a segunda temporada se desenrola. Não é à toa, portanto, que Paul Reiser, que interpreta Dr. Owen, o médico que está cuidando de Will, é o mesmo ator que interpretou, década antes, Carter Burke, executivo da companhia de tecnologia de “Aliens – O Resgate” (1986). Outros filmes como “O Exterminador do Futuro” (em exibição no cinema de Hawkins), “Frankenstein” (na televisão de Eleven), "Halloween" (na máscara de Max) e “Gremlins” (na decisão de chamar os monstros do Mundo Invertido de "Democães") aparecem como referências seja no cenário ou nos diálogos dos personagens. “O Exorcista” também não deixa de ser homenageado durante a cena de possessão de Will já próximo do fim da temporada.

No estômago

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"Está tudo bem" "Sim, eu amo KFC"

Uma outra arte também está presente constantemente na série: a arte da culinária. A série é repleta de referências de alimentos de empresas que fizeram muito sucesso no passado. Talvez não tão conhecidos no Brasil, alguns doces marcaram a infância de muita gente nos Estados Unidos, como Reese's Pieces, que é uma das sobremesas de Will, ou o Mounds, uma barra de chocolate que Dr. Owens aparece. Além disso, há a barra de chocolate Three Musketeers, que é a favorita de Dustin e de Dart, seu animal de estimação pra lá de bizarro – é, inclusive, por essa barra de chocolate que o grupinho de crianças aliados a Steve conseguem escapar da fúria de Dart no Mundo Invertido. Outra referência está em um jantar de Nancy, Steve e os pais de Barb, que trazem à mesa itens do KFC, uma rede de fast food estadunidense que foi a primeira rede a se expandir internacionalmente, fazendo fortunas naquela época.

Ufa! Parece que os irmãos Duffer tiveram muito trabalho para emplacar tantas referências na segunda temporada de “Stranger Things”. O que será que virá na próxima?

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