Palhaços, fantasmas, criaturas demoníacas e zumbis: esses são alguns dos personagens que estão sempre recorrentes em filmes de terror assustando e assombrando gerações. Muitos dessas obras acabam ganhando o status de clássicos do cinema, seja pela sua qualidade técnica ou por contar uma boa história. Não é à toa, portanto, que diversos filmes que caíram na graça dos fãs do gênero ganharam remakes , como aconteceu mais recentemente com “It :A Coisa”. Obra do ilustre escritor de horror Stephen King, o livro ganhou um telefilme em 1990 que fez tamanho sucesso e rendeu até mesmo um Emmy na ocasião. Agora, a temática volta à tona com um longa para o cinema que chegou a fazer a melhor bilheteria de estreia de um filme de terror da história.

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"It – A Coisa", que estreou este mês, é um remake de um telefilme dos anos 1990


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Entre remakes de clássicos e aqueles que, na verdade, fizeram mais sucesso que os originais, essas obras ganharam notoriedade no universo da sétima arte e tornaram-se grandes referências do gênero. Confira dez remakes que valem o ingresso do cinema. Qual dos filmes de terror é o seu favorito?

“O Médico e o Monstro”(1931 e 1941)

Um dos clássicos dos filmes de terror,
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Um dos clássicos dos filmes de terror, "O Médico e o Monstro" teve dois remakes no século XX

Com base no livro “O Estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde”, de Robert Louis Stevenson publicado em 1886, o longa “O Médico e o Monstro” ganhou as telonas pela primeira vez em 1920. A história mirabolante de um cientista filantropo que testa em si mesmo uma fórmula que tem o intuito de provar que o bem e o mal existem em todas as pessoas. Entretanto, apesar das boas intenções, os efeitos do seu experimento começam a dar errado e o seu lado demoníaco começa a ganhar força aterrorizando todos ao seu redor.

O primeiro filme, na época, ainda era mudo inovando na transformação do médico Jekyll par ao diabólico Sr. Hyde. Caindo na graça dos fãs de filmes de terror, o longa ganhou um remake em 1931, que recebeu diversas indicações ao Oscar e, mais tarde, em 1941 que rendeu à Fredric March, ator protagonista da trama, o Oscar de melhor ator principal na época, além do prêmio da audiência de ator favorito no Festival de Veneza. Com dois remakes de sucesso, a história do século XIX eternizou-se na sétima arte conquistando diversas gerações.

 “A Mosca” (1986)

O remake da ficção científica de terror rendeu um segundo filme sobre a trama
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O remake da ficção científica de terror rendeu um segundo filme sobre a trama


Um conto publicado por George Langelaan em 1957 na revista Playboy estadunidense foi o que inspirou a realização do filme “A Mosca da Cabeça Branca” no ano seguinte. A trama conta a história de um cientista que testa uma máquina de teletransporte e não percebe que uma mosca também entrou no aparelho. Ao se teletransportar, seu DNA se funde com o do inseto dando origem a uma letal mutação genética. A ficção científica de terror foi regravada anos mais tarde, mais precisamente em 1986, por David Cronenberg recebendo o Oscar de Melhor Caracterização e outros prêmios da crítica especializada de cinema. O remake rendeu um segundo filme sobre a temática em 1989.

“O Chamado” (2002)

A história de Samara Morgan na realidade é baseada em um romance japonês
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A história de Samara Morgan na realidade é baseada em um romance japonês


Em 1998, o romance do japonês Koji Suzuki ganhava uma versão cinematográfica intitulada “Ringu”. A história era a de uma repórter que tinha que investigar a misteriosa morte de sua sobrinha quando descobre uma fita de vídeo que carrega consigo uma maldição: quem a assiste encontra com a morte em sete dias. Naquele ano, a história até chamou atenção dos fãs do gênero, mas ela só ganhou força quando Hollywood decidiu fazer um remake em 2002 protagonizado por Naomi Watts. O filme foi bem recebido pela crítica, que julgou a nova versão até mesmo superior à original, e acabou sendo um dos dez longas mais vistos naquele ano. A trama acabou ganhando mais três continuações, tendo a quarta sido lançada no início de 2017. Apesar de não ter atendido às expectativas dos fãs, a história de Samara Morgan ficou eternizada no imaginário do público e atualmente, ninguém mais se arrisca a assistir vídeos estranhos por aí.

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“Madrugada dos Mortos” (2004)

O longa é remake de um clássico de George Andrew Romero
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O longa é remake de um clássico de George Andrew Romero


Quando o assunto é filmes de zumbis, George Andrew Romero é um dos principais nomes que vem à tona. Com uma filmografia que reúne grandes clássicos do cinema como “A Noite dos Mortos Vivos” (1968), o diretor também assina o clássico “Despertar dos Mortos” (1978) que conta a história de uma epidemia que devasta os Estados Unidos transformando grande parte da população em zumbis. Na trama, o governo recruta uma equipe para acabar com a ameaça, mas o plano sai errado e eles acabam ficando presos dentro de um shopping – não por muito tempo. O longa caiu no gosto da cultura pop e em 2004 teve a sua primeira refilmagem que levou o nome de “Madrugada dos Mortos” no Brasil, que recebeu diversas críticas positivas e foi categorizado como uma “re-imaginação” da produção original. É um daqueles filmes para assistir mais de uma vez – mas cuidado ao sair de frente das telinhas: você pode estar em um apocalipse zumbi e nem perceber!

“Halloween – O início” (2007)

O remake ficou por conta do músico Rob Zombie
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O remake ficou por conta do músico Rob Zombie


Tudo começou em 1978 com o filme de John Carperter. Em uma noite de Halloween na cidade de Haddonfield, um garoto de seis anos de idade fantasiado de palhaço assassina a sua irmã mais velha. Quinze anos depois, preso em um hospício, o jovem escapa da clínica e volta a assombrar a cidade. O filme na época foi bem recebido pelo público e pela crítica especializada, o que acabou rendendo mais oito filmes sobre a trama. A temática foi se desenrolando ao longo dos anos, mas foi em 2007 que Rob Zombie, conhecido por integrar a extinta banda White Zombie, resolveu reviver o clássico com um remake centrado no que Michael Myers, protagonista da trama, passa nos seus anos de hospital psiquiátrico. As situações são mais intensas, mais desconfortáveis e até mesmo mais letais que às dos anos anteriores.

“Deixe-me Entrar” (2010)

A amizade entre duas crianças pode ser mais macabra do que parece em
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A amizade entre duas crianças pode ser mais macabra do que parece em "Deixe-me entrar"

A amizade entre duas crianças pode ser uma coisa genuína, exceto pelo fato de que uma delas tem mais idade do que aparenta e precisa se alimentar de sangue para sobreviver. A história vampiresca é o enredo do filme sueco “Deixe Ela Entrar”, que foi um sucesso da crítica especializada e ganhou diversos prêmios de cinema em 2008, quando foi lançado. Dois anos depois, foi a vez de Matt Reeves, conhecido por “Coverfield”, dirigir um remake estadunidense sobre a trama – mas desta vez, com uma pitada de romance adolescente. Apesar de fugir do obscuro escandinavo, o filme faz valer o ingresso por trazer uma narrativa tensa e atualizada sobre o universo dos vampiros na sétima arte.

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“Quarentena” (2008)

Um ano depois do lançamento do original espanhol, a versão estadunidense apareceu nas telonas
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Um ano depois do lançamento do original espanhol, a versão estadunidense apareceu nas telonas

O filme espanhol “REC” (2007) rendeu aos fãs de filmes de zumbis um clássico contemporâneo. O longa conta a história de uma jornalista que ao acompanhar a noite de trabalho de bombeiros da cidade de Barcelona e acaba se vendo presa em um condomínio onde uma grave doença se espalha entre os moradores. O filme fez tanto sucesso que, logo no ano seguinte, ganhou uma versão estadunidense, intitulado como “Quarentena”. O remake se compromete a trazer todo o terror da Espanha para a cidade de Los Angeles, com algumas pequenas mudanças na trama. O importante é não desligar a câmera.

“A Hora do Pesadelo” (2010)

O longa
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O longa "A Hora do Pesadelo" tornou-se um dos clássicos da cultura pop

Freddy Krueger é, sem dúvida, um dos vilões mais famosos do universo dos filmes de terror. Os anos passam e o seu desejo de vingança ainda assusta os sonhos de diversos adolescentes ao redor do mundo. Em 1986 sua história veio à tona na sétima arte recebendo diversas críticas positivas principalmente pela habilidade técnica de mesclar as barreiras do real com o imaginário, brincando com as percepções dos telespectadores e rendendo ao longa indicações mesmo anos depois do seu lançamento. Em 2010 foi a vez de atualizar a história com um remake que apesar das críticas negativas pela crítica especializada, fez sucesso de bilheteria. O filme não supera o original, mas é uma boa alternativa para quem é fã do vilão e gosta de uma atualização cinematográfica.

“Sexta Feira 13” (2009)

Na época de seu lançamento, o longa bateu recorde de bilheteria em relação às estreias de filmes de terror nos cinemas
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Na época de seu lançamento, o longa bateu recorde de bilheteria em relação às estreias de filmes de terror nos cinemas

Outro clássico do cinema com um vilão com sede de vingança ganhou regravações. O psicopata Jason Voorhees apareceu pela primeira vez nas telonas do cinema em 1980 – e depois nunca mais parou, tendo entrado nos holofotes mais doze vezes na sétima arte. A história de um jovem que supostamente havia morrido no parque Crystal Lake foi um grande sucesso de bilheteria na sua estreia e não a toa que seu remake, que veio em 2009, também conquistou bons números nos cinemas, chegando a bater o recorde de estreia de um filme de terror na época, ainda que não apresentasse um grande elenco ou ter recebido comentários positivos da crítica especializada.

“Somos o que somos” (2013)

O longa foi baseado em uma obra mexicana
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O longa foi baseado em uma obra mexicana

Quando o filme mexicano “Somos lo que hay” chegou aos cinemas em 2010, o longa era conhecido por ser um drama familiar, mas o que era apenas uma história trágica trouxe terror para as telonas do cinema. A história começa com a morte de um patriarca em um Shopping Center que acaba deixando três filhos e sua esposa muito pobres no mundo. As coisas começam a complicar quando durante a autópsia descobrem um dedo humano em seu estômago. Em 2013 a trama caiu nas mãos de Jim Mickle (“Anoitecer Violento”) que apesar de se inspirar na história mexicana, tem um desenrolar bastante diferente. No remake, o centro da história é a família Parker que é considerada amigável em uma cidade pacata do país, mas na vida privada, o pai envolve seus filhos em uma tensão religiosa pra lá de macabra que é digno de receber destaque entre os remakes de filmes de terror. 

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