Com "Mergulho", Gabriel Martins explora sonoridades e faz ode à natureza

Cheio de malemolência, mas no bom sentido.  Essa é uma forma de ver o disco de estreia do paulistano Gabriel Martins . “Mergulho” é um álbum para ouvir de verdade. Em tempos que a música é adornada por sintetizadores, o filho de Vitor Martins – um dos principais compositores do País -, Gabriel apresenta um trabalho em homenagem à natureza.

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“Mergulho” é um álbum instrumental e tem uma sonoridade bem universal; ainda que possa ser percebida como essencialmente brasileira. É um disco de textura elegante e minimalista e que flerta tanto com o sagrado como em Respeite o Mar , com rufos graves e pegada épica, como com o contemporâneo, como na doce e convidativa Stand Up Paddle Girl .

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As 11 faixas do disco passeiam por vários estilos. Do rock ao reggae, passando pelo longe, jazz, folk...  Há um quê de exibicionismo no disco. Gabriel Martins manja muito mais de música do que o ouvinte e não necessariamente faz questão de esconder. O viés nice vibes do disco, no entanto, ameniza essa percepção.

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Confira o clipe de Planador

Ivan Lins, parceiro do pai de Gabriel, surge em duas faixas: “Os Encantos da Lua” e “Valsinha do Mar” e a sumida Sabrina Parlatore dá o tom de “Gratidão à Natureza”.

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Um disco que proponha tirar o pé do acelerador é sempre bem vindo. Bateria, violão, piano, guitarra e baixo são adorados e não manuseados industrialmente. “Gabriel Martins” já trabalhou e compôs com grandes figuras da cena musical brasileira. Pode ser que “Mergulho” seja o começo de uma nova fase, ou apenas um respiro. De todo modo, é uma maré que vale acompanhar.