A história do Rei Arthur ganha mais uma versão para o cinema, com  "Rei Arthur: A Lenda da Espada"   nas salas brasileiras. Esta não é a primeira vez – e provavelmente não será a última – que a lenda é contada nas telonas, mas está bastante enganado quem acha que todas as histórias interessantes do passado já foram adaptadas.

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Marquês de La Fayette e outras histórias interessantes que nunca viraram filme
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Marquês de La Fayette e outras histórias interessantes que nunca viraram filme

Veja na lista abaixo cinco histórias que nunca foram contadas no cinema:

A história de Marquês de Lafayette

Marie-Joseph Paul Yves Roch Gilbert du Motier, o Marquês de Lafayette, viveu entre os séculos 18 e 19 e participou de grandes eventos históricos, como a Revolução Francesa e a Guerra de Independência dos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos, ele foi major-general do exército comandado por George Washington, além de ter tido um papel importante nas negociações do apoio da França aos rebeldes. Já no país europeu, ele participou da Assembleia dos Notáveis e ajudou na composição da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Um filme sobre o Marquês de Lafayette poderia falar sobre sua vida e sobre sua atuação nesses eventos marcantes, algo inspirado no musical "Hamilton", hit da Broadway. O Marquês, aliás, está no musical, como mostrado na foto acima. Ele foi interpretado por Daveed Diggs na Broadway e por Chris De'Sean Lee, Jordan Donica e Jason Pennycooke em outras praças.

Cruzada Albigense

No século 13, o papa Inocêncio III iniciou uma cruzada para reduzir a força do catarismo, um movimento religioso que surgiu nos territórios feudais da atual França naquela época e era considerado uma heresia pela Igreja Católica.

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A campanha durou 20 anos e foi recheada de batalhas épicas e personagens interessantes, além de ter deixado um rastro de destruição pelo sul da França. Os cátaros tiveram várias fortalezas destruídas e cidades muradas invadidas pelo exército da Igreja. Para acabar de vez com o catarismo, a Igreja criou a Inquisição, que faria muitas vítimas nos séculos seguintes.

Um filme sobre essa história poderia reencenar a batalha do ponto de vista dos guerreiros da Igreja ou pelos olhos dos cátaros. Este, aliás, não seria o primeiro longa sobre essas campanhas: em 2005, Ridley Scott dirigiu "Cruzada", filme estrelado por Orlando Bloom que falava sobre a retomada de Jerusalém pelos muçulmanos em 1187.

As aventuras de Léo Major

A história do soldado franco-canadense Léo Major é bem maluca e digna de um filme. Pra começar, ele ganhou a Medalha de Conduta Distinta, dada pelo governo da Grã-Bretanha, em duas guerras diferentes. A primeira delas foi por libertar a cidade de Zwolle, na Holanda, do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial. A outra veio na Guerra da Coreia.

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O soldado franco-canadense Léo Major

Mas, além disso, o soldado tem outros grandes feitos. Sozinho, ele capturou 93 soldados alemães na Batalha de Scheldt, na Segunda Guerra Mundial. Isto renderia mais uma medalha para Major, mas ele se recusou a receber a condecoração do General Montgomery por achar que seu superior era um incompetente.

Um filme sobre Léo Major poderia contar seus grandes feitos e ainda mostrar como a personalidade dele era difícil, fazendo com que ele fosse considerado um dos soldados mais durões do exército canadense durante a Segunda Guerra.

Kansas Sangrento

O episódio conhecido como Kansas Sangrento aconteceu no século 19 e liderado por John Brown, um abolicionista dos Estados Unidos. Ele liderou um grupo de voluntários durante a sangrenta batalha entre escravagistas e antiescravagistas.

Esse foi um dos episódios que marcaram a vida de Brown, um dos principais abolicionistas daquela época. Enquanto muitos grupos do norte dos Estados Unidos pregavam uma resistência pacífica às investidas do sul escravagista, ele apoiava ações violentas. O militante armava seus homens, que foram responsáveis por vários mortes de sulistas. Por fim, o movimento de Brown deu certo e a escravidao foi abolida nos Estados Unidos.

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O filme sobre o Kansas Sangrento poderia recriar o episódio, as batalhas sangrentas, e contar mais sobre a história de um dos heróis esquecidos dos Estados Unidos.

Expedição Fram

No século 19, o navegador Fridtjof Nansen tentou ir até o Polo Norte num episódio conhecido como a Expedição Fram. Sua ideia era deixar o navio Fram à deriva nas ilhas da Nova Sibéria e fazer com que a corrente natural do Oceano Ártico levasse a embarcação ao Polo Norte.

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A embarcação Fram
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A embarcação Fram

A experiência do noruguês não deu certo, mas ele conseguiu ir andando até o ponto mais setentrional do planeta que um ser humano havia chegado àquela época. A expedição, que durou três anos, foi uma das mais importantes do século.

O filme podia contar detalhes sobre a expedição, baseado no livro "Farthest North: The Epic Adventure of a Visionary Explorer", escrito pelo próprio Fridtjof Nansen, e seria um prato cheio para quem gosta de histórias fantásticas.

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