Conheça dez expoentes da fotografia erótica
Os registros do corpo nu pelas lentes muitas vezes podem ser polêmicos, mas essa arte que transpassa décadas perpetua nos holofotes até hoje; confira
Descrever o corpo humano pelas lentes não é um trabalho fácil. Muitas vezes o trabalho de quem faz fotografia erótica precisa cruzar por tabus relacionados à sexualidade na sociedade e inclusive ser censurado, como aconteceu com Nan Goldin. Por outro lado, lidar com a nudez pode transformar o corpo em poesia nas artes visuais, como revela a russa Arina Sergei.
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Entre polêmicas e beleza, confira dez nomes da fotografia erótica na história:
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Bunny Yeager
A estadunidense Linnea Eleanor "Bunny" Yeager é considerada a mãe da fotografia erótica no seu país. A artista nasceu em 1929 e morreu em 2014, aos 85 anos de idade. Seu trabalho foi publicado em revistas como Cosmopolitan, Women’s Wear Daily
e Redbook
. Ela foi a precursora das fotografias pin up entre as décadas de 1950 e 1960 e chegou a trabalhar extensivamente com a Playboy
, descobrindo diversas modelos durante seu trabalho. Bunny foi uma das fotógrafas mais influentes da época e seu livro “Photographing the Female Figure” chegou a vender 300 mil cópias. Além disso, ela também trabalhou como modelo e atribui-se à ela a popularização do biquíni nos Estados Unidos.
Helmut Newton
O fotógrafo nasceu em 1920 em Berlim e morreu aos 83 anos na Califórnia. Seu trabalho começou a ganhar notoriedade a partir do final dos anos 1970. Ele trabalhou como fotógrafo de moda em grandes revistas, como a Vogue britânica e, mais tarde, a edição australiana do veículo. Além disso, ele foi o responsável por fotografar inúmeras imagens para a Playboy , como da atriz e modelo alemã Nastassja Kinski e da protagonista do filme de Alice de 1976, Kristine DeBell. O seu trabalho foi considerado polêmico diversas vezes por conta de ter um olhar das mulheres de forma sexualizada. Entretanto, Newton influenciou a fotografia de moda dos anos 1960 sendo até hoje uma referência do cenário.
Robert Mapplethorpe
O nova-iorquino nasceu em 1946 e ficou conhecido por registrar as relações homossexuais estadunidenses da década de 1970 e 1980. Mapplethorpe também foi um grande amigo e amante da cantora Patti Smith e acabou sendo o responsável por capturar a capa do seu disco “Horses” com uma imagem especialmente andrógena da cantora. Diante de todo o seu trabalho com as lentes, as fotografias eróticas foram as que mais impactantes de todo o seu trabalho. O artista buscava captar imagens de nudez, em especial àquelas que faziam referência ao universo do sadomasoquismo. Aos 42 anos, em 1989, Mapplethorpe chegou a morrer por conta do vírus da AIDS, mas deixando o seu legado até os dias de hoje. Sua vida foi registrada no documentário “Mapplethorpe: Look At The Pictures” no final de 2016.
Marrie Bot
A holandesa Marrie Bot começou a carreira em 1963 como uma design gráfica, mas em 1976 dedicou seu talento à fotografia. Em seu trabalho, ela focou em temas sociais e políticos que geralmente são considerados como um tabu para a sociedade, como a sexualidade de pessoas idosas, rompendo com a ideia de que o erotismo apenas existe com os jovens. A artista fotografou diversos casais entre 50 e 85 anos para o seu projeto fotográfico. Hoje, a artista tem 70 anos.
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Ariana Sergei
Misturando surrealismo nas suas fotografias de nudez, a russa de 47 anos, Ariana Sergei tornou-se um dos expoentes contemporâneos da fotografia. Fissurada pelo nu, em especial o feminino, a artista revela o corpo das modelos de diversas maneiras, trabalhando com sombras, objetos e outros elementos visuais que revelam a peculiaridade de sua criatividade, tudo sob as lentes de uma Canon.
Reka Nyari
Radicada em Nova York, a finlandesa Reka Nyari mistura a fotografia com a sua paixão pelo cinema. Nyari adentra no universo da sexualidade feminina e normas sociais sob a perspectiva de uma mulher. Ela já recebeu prêmios pela seu trabalho como do International Photography Awards (IPA). Sua monografia “Femme Fatale: Fotografia Erótica” foi publicada em seis idiomas e vendida pelo mundo todo. Além disso, suas fotografias já foram publicadas em revistas de grandes nomes, como Vanity Fair e Cosmopolitan coreana.
Nan Goldin
A artista estadunidense já foi censurada mais de uma vez no Brasil. O seu trabalho revela o auge da liberdade sexual vivida no final dos anos 1960 e é focado no universo LGBT de Boston e no cenário underground, que ela revela de maneira crua. A fotógrafa é autora da série “Balada da Dependência Sexual” que revela uma visão íntima dos relacionamentos entre seus amigos, conhecidos, familiares e até mesmo de si mesma.
Rita Lino
A artista portuguesa atualmente mora em Berlim e tornou-se um exponente da fotografia sobre a intimidade. Rita não permanece por muito tempo em um mesmo lugar e isso reflete em suas fotografias. Grande parte de suas imagens são autorretratos em que ela aparece nua ou quase nua, revelando sua própria sensualidade.
Gary Breckheimer
O artista Gary Breckheimer trabalhou por décadas no mercado editorial até adentrar para um trabalho mais autoral e voltado para as artes visuais. Em seu trabalho, o fotógrafo mescla imagens do cenário urbano com as formas do corpo feminino. Breckheimer já publicou em muitas revistas internacionais como a Playboy e a MAX Mag . Suas fotografias trabalho as cores preto e branco e foi reconhecido por diversos prêmios como pela International Photography Award (API) por Belas Artes Nuas.
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Alexander Kamakaev
Ao contrário de Breckheimer, Kamakaev tem como cenário a natureza. O fotógrafo trabalha a nudez das mulheres combinadas com cenários paradisíacos ao redor do mundo. O erotismo de suas imagens se dá apenas pela presença do corpo nu com a natureza abandonada. De forma sutil, o artista compõe a beleza natural da nudez com as atribuídas à Terra. Kamakaev é membro da União de Artistas de Fotografia da Rússia desde 2003 e já teve 11 exibições pessoais e em cerca de 41 países, conquistando prêmios internacionais desde o início deste século.