A adolescência é uma fase marcante para quase todo mundo: o primeiro beijo, a primeira desilusão amorosa, brigas intensas e incertezas sobre o futuro são algumas das questões que circundam esse universo. Entretanto, apesar de ser um momento da vida de descobertas, essa fase pode também ser um momento de muitos traumas para alguns jovens e essa ideia é muitas vezes retratadas em séries e filmes nas telinhas.
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A recente série da Netflix, “13 Reasons Why” trouxe uma história dramática de uma jovem, Hannah Barker (Katherine Langford), que põe fim à sua própria vida e retrata por 13 fitas cassetes como que as ações de seus colegas puderam potencializar sua atitude. Polêmico, o seriado levantou diversos debates acalorados na internet, mas a o que ficou é a certeza de que este período da adolescência não é fácil e que os jovens podem ser muito mais cruéis do que imaginamos.
Confira outras obras do cinema e da televisão que já retrataram as controversas atitudes desta fase:
“Meninas Malvadas”
O filme de 2004 conta a história de Cady (Lindsay Lohan) que acaba de vir de um país da África para se aventurar na selva da cidade grande nos Estados Unidos. Desacostumada com as regras sociais no ambiente escolar, a jovem acaba se envolvendo com um plano mirabolante para derrubar um grupo de meninas populares que escrevem um livro para falar mal de colegas e professoras. Nesta jornada, a rivalidade entre mulheres é um dos principais pontos a serem tratados na trama.
“Elephant”
De 2003, o longa é um drama baseado no Massacre de Columbine, que matou treze pessoas em 1999 e os autores do crime se suicidaram logo depois do episódio. O filme retrata um dia comum de uma escola secundária dos Estados Unidos, em que os alunos seguem realizando as suas atividades cotidianas no local, inclusive as práticas de bullying dissimuladas. Paralelamente à esta realidade, dois jovens que também são alunos da instituição se preparam para um grande massacre que estão arquitetando no local. O filme retrata a conflituosa relação dos Estados Unidos com a questão das armas e dos assassinatos em massa nas escolas do país.
“As vantagens de ser invisível”
Baseada no livro homônimo, o filme de 2012 retrata a vida de um jovem tímido e introvertido, Charlie (Logan Lerman) que tem como objetivo para o seu ano letivo recuperar os traumas do passado, como o suicídio de seu melhor amigo. Por coincidência do destino, Charlie acaba obtendo a ajuda de seus veteranos Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson) para fazer novos amigos e participar mais ativamente das festas e eventos sociais da escola, mas à parte do universo dos populares. Assim, o jovem de 15 anos se aventura em um processo de autoconhecimento e de curar outros traumas que também fizeram parte de sua vida e regiam a sua vida social até então.
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“Carrie, a Estranha”
Clássico do cinema de terror, a obra homônima de Stephen King deu origem à três longas: um em 1976, outro em 2002 e o último em 2013. A história acompanha a vida de Carrie Withe, uma tímida jovem nos seus últimos anos de escola e que tem que lidar com o fanatismo religioso de sua mãe enquanto tenta aproveitar a juventude. Entretanto, Carrie é vítima de bullying diversas vezes. Quando enfrenta a sua primeira menstruação no vestiário, a jovem é humilhada por diversas mulheres que jogam absorventes contra ela. Mais tarde, suas colegas são punidas, o que causa revolta e um plano mirabolante para que Carrie sofra a maior humilhação de sua vida no baile da escola. Mas, elas não contariam que a jovem teria poderes paranormais e iria se vingar de todos os episódios que sofreu de uma maneira bem mais violenta.
“A Mentira”
A comédia romântica estrelada por Emma Stone acompanha a vida de Olive, uma jovem não muito popular e pouco notada na escola. Enquanto tenta se adequar às pressões sociais por não ter um namorado, a jovem acaba mentindo sobre a sua sexualidade para ser aceita no seu ciclo social. Entretanto, a mentira recebe novas versões e a jovem acaba ganhando o rótulo de maior promíscua na escola. Paralelamente aos que a maioria das pessoas falam, a verdade é revelada para os garotos impopulares da escola e Olive começa a mentir que fez sexo com eles para ajuda-los com sua reputação. As coisas acabam saindo do controle e tomando proporções muito maiores que ela esperava. Apesar de cômico e leve, o filme retrata como a sexualidade feminina pode ser motivo de bullying para muitas pessoas, em especial na época da adolescência.
“Skins”
A adolescência dos personagens de “Skins” é pra lá de polêmica. Drogas, sexo, violência doméstica, transtornos alimentares, morte e preconceitos são alguns dos temas que envolvem os jovens durante as sete temporadas da série que foram ao ar no início do ano de 2007. Aclamada pela crítica, a série trazia diferentes tramas a cada episódio e foi dividida em três distintas gerações, cujo elenco mudava a cada duas temporadas. Apesar de acompanhar os jovens nos seus últimos anos do Ensino Médio, a série foi classificada como inadequada para menores de 18 anos por conta do seu conteúdo.
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“Gossip Girl”
A série “Gossip Girl”, por outro lado, retratava a vida dos jovens mais ricos de Nova York e Manhattan e as suas aventuras neste universo. Os eventos da série são narrados por uma blogueira anônima que utiliza o pseudônimo de “Gossip Girl” e narra os escândalos que cercam as vidas privadas de cada um dos personagens. Apesar da série ter se estendido até a vida adulta dos protagonistas, os primeiros anos do programa retratavam temas como rivalidade feminina, boatos e comentários mal intencionados que buscavam estragar as vidas das inimizades além de outros escândalos que são compulsivamente expostos na internet pela blogueira e as consequências de ter estas vidas expostas.
“American Crime”
A cada temporada, “American Crime” retrata os desdobramentos de um crime diferente. Na segunda temporada do programa, que foi ao ar no final de 2015, traz o universo da adolescência como principal trama da série. O jovem Taylor (Connor Jessup) tem fotos íntimas vazadas após ter sido violentado sexualmente durante uma festa do time de basquete do colégio que faz parte. O escândalo faz com que se instaure um debate público acerca do tema e por ser bolsista e fazer parte de uma classe social mais humilde, o jovem não acredita que possa conseguir contornar o crime – até o ponto que decide se vingar. Temas sociais são constantemente abordados nesta série, como a homofobia e estupro.
“Glee”
A comédia músical “Glee” conquistou diversos fãs ao redor do mundo quando entrou no ar em 2009. As seis temporadas que foram ao ar acompanha os estudantes de uma escola de Ensino Médio nos Estados Unidos que lutam para realizar os seus sonhos ao mesmo tempo que têm que enfrentar os diversos problemas que são colocados em seus caminhos, principalmente nos corredores da escola. Durante a série temas como sexualidade, religião, bullying, suicídio, morte, gravidez e sonhos com o futuro são transformados em eixos temáticos dos episódios do programa.
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“As Melhores Coisas do Mundo”
O longa brasileiro de Laís Bodansky retrata o cotidiano da adolescência de um colégio de classe média paulista pela figura de Mano (Francisco Miguez). O jovem que passa por uma série de conflitos tanto na escola, como triângulos amorosos, quanto na sua vida privada, quanto seu pai assume ser homossexual e pede o divórcio da sua mãe para ficar com o seu novo parceiro. Dessa forma, Mano tem que enfrentar pressões sociais ao seu redor, preconceitos e até mesmo a as dores da depressão e de uma tentativa de suicídio que acaba atingido membros também adolescentes de sua família.