Em seu quinto ano em terras brasileiras, o Festival Lollapalooza traz para o palco uma das bandas mais aclamadas do rock alternativo, The Strokes. Com apenas duas passagens no Brasil, os músicos se consagram como uma referência no universo do post-punk, gênero que ascendeu no início da década de 2000. Formada por Julian Casablancas no vocal, Albert Hammond Jr e Nick Valensi nas guitarras, Nikolai Fraiture no baixo e pelo brasileiro Fabrizio Moretti na bateria, a banda volta ao Brasil na iminência de lançar um novo álbum. Mas seriam eles os reis do Lollapalooza nesta edição?
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Headliner do festival, a banda retoma o estilo que fez a estreia do Lollapalooza no Brasil em 2012, que apresentou Arctic Monkeys e Joan Jett como grandes atrações do evento. A história de sua formação, entretanto, começa bem antes disso, em 1998. Apesar de começarem com os trabalhos há duas décadas, foi só em 2001 que The Strokes lançou o seu primeiro disco, “Is This It”, um trabalho que revelou os singles Last Night , Hard To Explain e Someday , além da polêmica New York City Cops que foi substituída por When Started nos Estados Unidos por conta dos esforços dos policiais no ataque terrorista de 11 de setembro. O trabalhou chegou a conquistar o Disco de Platina nos Estados Unidos e alcançou o topo da lista no “Top 100 albuns dos anos 2000” da eMusic, além de integrar a seleção da revista Rolling Stone de “500 melhores álbuns de sempre”.
Com o sucesso consagrado logo na estreia, a banda lançou o seu segundo disco em 2003, mas não conseguiu atingir tanto o público com o novo trabalho como o anterior. Denominado como “Room On Fire”, o disco trouxe Reptilia e 12:51 como canções que, mais tarde, ganharam videoclipes oficiais. Entretanto, em 2006 “First Impressions Of The Earth” chegou retomando a força dos Strokes sendo um dos álbuns mais baixados do iTunes nas duas primeiras semanas de lançamento. O álbum teve como singles You Only Live Once , Heart in Cage e Juicebox , cujo videoclipe foi considerado polêmico já que continha cenas de sexo homossexual. Na época, o episódio causou tanto furor que até mesmo o diretor do clipe optou não ter seus nomes no crédito da versão editada.
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Antes de lançar o terceiro disco, The Strokes fizeram sua primeira turnê ao Brasil passando por capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Entretanto, a primeira vez nos palcos brasileiros foi um pouco desastrosa para a banda, por conta de um resfriado que pegou Julian Casablancas de surpresa e deixou o vocalista sem conseguir cantar. A falha foi remediada em 2011, mesmo ano de lançamento do álbum “Angles”, no festival Planeta Terra em um show memorável. O quarto trabalho de estúdio da banda, entretanto, dividiu os fãs, apesar de ser bem recebido pela crítica. Músicas como Under cover of darkness , Taken For A Fool e Machu Picchu fazem parte deste repertório.
Já o quinto e por enquanto último álbum de estúdio da banda veio em 2013, “Comdown Machine”, sendo o último a ser gravado pela RCA, que tinha um contrato com a banda de cinco discos a serem lançados – o que explica o grande logo tomando conta da capa do disco, mostrando que a tendência oitentista veio para ficar no trabalho do grupo. Agora, prestes a subir no palco do Lollapalooza brasileiro pela primeira vez, os rumores são que The Strokes está gravando mais um trabalho, após o lançamento em 2016 do EP “Past Present Future”, pela Cult Records. Sem estarem oficialmente coroados pelos organizadores do Lollapalooza, a banda ressurge no festival para uma apresentação mais madura, criando grande expectativas dos fãs, em especial dos paulistas, que já completaram mais de dez anos sem uma nova passagem da banda pela capital. O show acontece no segundo dia de festival, domingo (26), às 20h30.
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Trabalhos paralelos e aparições no Lollapalooza Brasil
Apesar de ser a primeira vez da banda na edição brasileira do festival, Julian Casablancas e Albert Hammond Jr, por sua vez, já são veteranos no Lollapalooza. Antes de subir ao palco como The Strokes, os músicos já participaram de outras edições: Casablancas em 2014 e Hammond Jr em 2016, ambos trazendo o melhor dos seus respectivos trabalhos solos. O vocalista da banda chegou a apresentar algumas músicas do trabalho com os colegas nova -iorquinos, como Take it or leave it e Ize Of The World , mas o guitarrista optou por focar em seu repertório autoral.