O músico Roger Waters
, ex-líder do Pink Floyd
, afirmou que quer fazer um show de
The Wall
, cultuado álbum da banda britânica, na fronteira entre os Estados Unidos e o México, exatamente onde o presidente americano Donald Trump pretende erguer um muro.
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"[ The Wall ] É muito relevante agora que Trump está na presidência com essa conversa de construir muros e criar inimizades entre raças e religiões. O disco mostra como barreiras podem ser prejudiciais na vida pessoal, mas também nas fronteiras", disse Roger Waters em entrevista à agência de notícias francesa AFP .
Entretanto, o britânico acredita que precisa haver uma mudança de pensamento antes do show ser realizado na fronteira entre os países. "Primeiro, é preciso que haja um levante contra essas políticas de extrema-direita", explicou.
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Ainda na entrevista, Waters falou que é o momento de músicos tomarem posição em relação a assuntos políticos. "A música é um lugar legítimo para se protestar. Os músicos têm o direito e o dever de abrir suas bocas e falar", disse.
Ataques a Trump
Esta não é a primeira vez que o ex-integrante do Pink Floyd ataca Donald Trump. Em um show na Cidade do México em outubro, ele usou imagens do então candidato à presidência dos Estados Unidos com a palavra "charada" estampada em seu rosto. Em outra imagem, o empresário aparece fazendo a saudação nazista.
A ideia de tocar o disco no muro de Trump também não é inédita. Em 1990, Waters tocou todas as músicas de The Wall em Berlim para comemorar a queda do Muro de Berlim.
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O álbum The Wall , um dos mais conceituados da carreira do Pink Floyd, foi lançado em 1979 e traz o hit Another Brick in the Wall . Entre 2010 e 2013, Roger Waters tocou o disco na íntegra na turnê "The Wall", que teve 219 shows e passou pelo Brasil em 2012. Ainda neste ano, o músico deve lançar o disco Is This The Life We Really Want? , o quarto de sua carreira.