Com 85 mil cópias vendidas em um ano, a reedição do livro " Mein Kampf " ("Minha Luta", em português), de Adolf Hitler , se tornou um dos maiores best-sellers da Alemanha.
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O famoso manifesto escrito pelo líder nazista na prisão voltou às livrarias do país em janeiro de 2016, em uma versão de quase 2 mil páginas e com cerca de 3,5 mil notas críticas e comentários de especialistas e historiadores, unindo os dois volumes do livro. A nova edição de " Mein Kampf " foi vendida na Alemanha por € 59 (cerca de R$ 200).
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O trabalho foi organizado pelo Instituto de História Contemporânea de Munique e foi lançado após mais de 70 anos sem novas edições da obra. "Os dados das vendas nos impressionaram", disse o diretor da entidade bávara, Andreas Wirsching, à agência DPA .
Documento histórico
Segundo ele, o livro não é comprado apenas por extremistas de direita, mas também por muitos leitores apaixonados por história e política e estudiosos. O objetivo da reedição é justamente desconstruir e contextualizar a obra, mas ela só foi publicada após o manifesto cair em domínio público. Segundo as leis da Alemanha, um livro cai em domínio público 70 anos após a morte de seu autor – Hitler, por exemplo, morreu em 1945.
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Até então, os direitos autorais pertenciam ao estado da Baviera, que nunca autorizou a produção de uma nova edição. A primeira tiragem da reedição foi um pouco tímida, com apenas 4 mil cópias, e muitos livreiros vendiam o volume apenas por encomenda. No entanto, aos poucos o livro passou a ser aceito com naturalidade, alcançando o topo da lista dos mais vendidos de não-ficção da revista Der Spiegel .
"Mein Kampf" foi lançado originalmente em dois volumes entre 1925 e 1926. Além da Alemanha, o livro fez sucesso em países como Índia, Suécia e Turquia. Em 1939, a obra de Hitler já havia sido traduzida para 19 línguas.