No último episódio do Original Spotify Mano a Mano , que vai ao ar nesta quinta-feira (7), o rapper Mano Brown recebe um dos principais nomes do samba no Brasil: o cantor e compositor Jessé Gomes da Silva Filho , mais conhecido como Zeca Pagodinho.
“Te acompanho há muitos anos. Você está na minha vida, assim como o James Brown e o rap estão na minha vida. Eu sou rapper, mas o Zeca Pagodinho está do mesmo tamanho pra mim. Como eu cantei Zeca Pagodinho na minha vida!”, diz Mano Brown no começo da conversa.
Zeca relembrou quando teve seu contato com a música: “Eu acho que comecei quando eu nasci porque na minha casa tinha tanta música; os lugares que eu frequentava, todos tinham samba. Meu irmão era o cantor da família, minha irmã também cantava; eles não deixavam eu cantar. A minha mãe me deu um violão mas, mesmo assim, eu não cantava em festa nenhuma. Aí, de repente, eu comecei a compor, comecei a mexer um pouco no violão, arrumei um cavaquinho e, por ser muito bom versador, escrever muito bem… Eu era muito inspirado” , conta o sambista. “Agora, estou aqui com o Mano Brown” , conclui com risadas.
Ainda na entrevista, Zeca Pagodinho revelou que ele queria ser apenas um compositor, mas foi apadrinhado e incentivado a cantora pela grande e saudosa Beth Carvalho , uma das maiores intérpretes do samba no Brasil. Entre tantos assuntos, ele fala sobre saúde, projetos, parcerias, religião, espiritualidade, futebol e mais.
Brown e Zeca também discutem a responsabilidade de ser uma pessoa pública: “Eu tenho que ter cuidado, mas não preciso ter tanto cuidado porque eu não falo nada na maldade. Para mim, é tudo do meu coração” , diz Zeca . “O que as pessoas podem esperar de gente igual a nós é a nossa verdade e não fazer um personagem para apresentar e ser outro em casa. A gente pode errar numa palavra ou outra porque a gente é original também, às vezes a emoção fala mais alto” , completa o MC .
E, ao final, Zeca Pagodinho comenta sobre sua relação com Xerém, distrito de Duque de Caxias , no Rio de Janeiro, onde tem propriedade.
“Eu não gosto de tirar foto, principalmente em Xerém porque é o único lugar que eu sento na praça, leio jornal, tomo uma cerveja, vou à feira. Algum lugar eu quero ser o Jessé, e esse lugar tem que ser o Xerém” , finaliza.