Marcelo Bandeira

Advogado menciona intolerância religiosa sofrida por Fred no "BBB 23"

O médico e fisioterapeuta de Campos dos Goytacazes não escondeu a frustração ao descobrir como os colegas de confinamento agiam escondidos: "Decepção"

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Fred Nicácio


Nesta terça-feira (28), Fred Nicácio foi o sétimo eliminado do "Big Brother Brasil 23" com 62,94% dos votos, em uma disputa com Cara de Sapato e Cezar Black. Como se isso não bastasse, ainda precisou lidar com outro baque: o racismo religioso envolvendo seu nome dentro do programa e, o pior, pelos participantes por quem tinha mais proximidade: Key Alves, Gustavo Benedeti e Cristian Vanelli.

"Não é interpretação equivocada, é julgamento. É grave, destrói a fé e aniquila pessoas. É muito sério. Isso machuca a gente", disse o doutor e influenciador digital, visivelmente emocionado, durante o "Bate-Papo BBB", apresentado por Vivian Amorim e Patrícia Ramos. "Eu sentia algo diferente desde a segunda liderança, mas não esperava. Decepção não mata, ensina a viver", pontuou.


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Key Alves, Gustavo Benedeti e Cristian Vanelli conversam sobre Fred Nicácio


As falas do trio não geraram revolta apenas entre os espectadores do reality que professam o mesmo credo, mas também na equipe do ex-brother, que prometeu acionar a justiça. Para quem não se lembra, a edição chegou a mostrar uma conversa em que Gustavo, Key e Cristian demonstravam medo diante das orações de Fred. Com isso, Tadeu Schmidt pediu para que ele explicasse sua crença, o culto de Ifá.

Pensando nesse assunto, perguntamos ao advogado e especialista em crimes virtuais José Estevam Macedo quais medidas devem ser tomadas em casos assim. Logo de início, o doutor ressaltou que "a forte emoção, os esforços físico e psicológico, aos quais os integrantes do programa estão submetidos, devem ser considerados antes de serem punidos por qualquer atitude que seja, ou até mesmo se, em tese, praticarem algum crime".

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Advogado José Estevam Macedo


Em seguida, Macedo destacou que o sectarismo, com toda certeza e clareza, deve ser combatido pelas autoridades policiais e judiciárias, não podendo o Estado democrático de direito permitir o apoio à discriminação e à desigualdade. Por fim, recordou que a sentença na internet é cruel e, na maioria das vezes, não possui qualquer embasamento técnico-legal.