"Perdeu, de tanto que apertou, soltou. Agora ela aprendeu que ela é o seu próprio amor." Os versos de "Perdeu", uma das composições que fazem parte da discografia de Mica Condé, já sintetizavam o desejo de aconselhar as meninas a darem a volta por cima e assumirem o protagonismo de suas trajetórias. E, com o lançamento do projeto "NSLO" (Norte, Sul, Leste, Oeste), que conta com artistas de todas as regiões do país, cuja fusão visa integrar diferentes culturas e estilos, esse objetivo não fugiu à regra!
Em conversa com o site, Mica relembrou os paradigmas sociais e os "tijolinhos" que já usou na construção de uma sociedade mais igualitária. "Falar de empoderamento é importante para mim. Cresci em uma família tradicional e imersa em uma realidade conservadora. A partir daí, fui percebendo situações e entendendo o que realmente queria. A minha expressão cultural sempre foi uma válvula de escape (tanto para os momentos alegres quanto para os tristes) e um meio de me entender melhor", afirmou.
Ainda durante o bate-papo, a carioca tocou em outro ponto significativo: o de se posicionar e ouvir o outro. "Todos nós temos medos, histórias e inseguranças e, por vezes, esquecemos que enxergamos as situações com essa bagagem emocional. Costumo ser essa pessoa que preza pela conversa e hoje percebo as mudanças que consegui promover. Em muitas delas, a música foi a balizadora", confidenciou. Por fim, elogiou a parceria com o rapper brasiliense Misael na faixa "Terra da Lei": "Trabalho incrível".