O não comparecimento de Neymar Jr., Kaká, Ronaldo Nazário, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Cafu na despedida de Edson Arantes do Nascimento continua rendendo posts e debates acalorados na web. Há quem defenda a ideia de que "ninguém tem obrigação de ir ao velório de quem quer que seja", assim como há aqueles que batem na tecla de que "todos nós devemos um pouco ao eterno camisa 10, e o Brasil deve muito".

Salgadinho, ex-vocalista do Katinguelê, é um deles. "Uma decepção os tetra campeões, os pentacampeões, a geração atual, nenhum na homenagem ao Pelé. Para mim, essa atitude oficializa a morte do espírito do nosso esporte", começou desabafando o pagodeiro, autor de clássicos como "Inaraí" e "Lua Vai", para, logo em seguida, ressaltar que "o futebol brasileiro está sendo enterrado hoje [terça, dia 3] no meu coração, junto ao rei".

"Sem cachê, sem camarote, sem bife com farofa de ouro? Meio difícil essa rapaziada ir de livre e espontânea vontade", escreveu o primeiro internauta em resposta ao artista. Outro, numa clara referência a Mauro Silva, acrescentou: "Casagrande estava certo em sua análise. O único desse grupo que compareceu tem cargo político como vice da Federação Paulista de Futebol. As ações justificam o caráter". Já o terceiro protestou: "Você está chato hein, cara. Militando em cima de tudo! Não queira ser exemplo nem cobrar algo que não faz".

Pelé faleceu na quinta-feira (29), depois de um mês internado no Hospital Albert Einstein. Ele tratava de um câncer no cólon. O quadro sofreu agravamento no dia 21 de dezembro, quando o boletim médico indicava progressão oncológica, com necessidades de cuidados para as funções renais e cardíacas. Após ser velado no Estádio da Vila Belmiro, em que foram mais de 230 mil pessoas, o corpo do tricampeão mundial foi sepultado no Memorial Necrópole Ecumênica, que fica a 1 km de distância do estádio na cidade do litoral paulista.