"A FTX não é a primeira empresa a sucumbir ao chamado 'inverno cripto' em que nos encontramos. Mas é de longe a maior." Foi assim que o ex-jogador de futebol e agora empresário do mercado financeiro Victor Lourenço reagiu à notícia da quebra da segunda maior corretora de criptomoedas do mundo, que tinha Gisele Bündchen, o então marido Tom Brady
e o astro do basquete Stephen Curry
como garotos-propaganda.
O caso foi apresentado como uma das reportagens especiais do programa "Fantástico" deste domingo (11). Maju Coutinho e Poliana Abritta
contaram a história de ascensão e queda que afetou em cheio a credibilidade do intitulado "dinheiro do futuro" e que começou em Nova York, com o bilionário Sam Bankman-Fried, de 30 anos, que jogava videogame durante reuniões de negócios. Agora, ele pode ser julgado por fraude.
Como se fosse um drama de TV, surgiram negociações frenéticas nos últimos dias. A maior rival da FTX, a Binance, disse publicamente que compraria a concorrente. Horas depois, desistiu da aquisição. "Todo mundo está um pouco em choque", afirmou Victor, para, logo em seguida, acrescentar e comparar o problema da bolsa ao da Enron, que resultou na falência surpresa da companhia de energia dos Estados Unidos, em 2001.
A FTX, aliás, estava nos estágios finais de negociação de um contrato de patrocínio no valor de mais de US$ 100 milhões (R$ 522 milhões) com Taylor Swift,
mas as conversas com a estrela pop
foram abandonadas antes de a exchange
pedir concordata. As discussões incluíam um acordo de venda de ingressos que envolveria certificados digitais conhecidos como NFTs, segundo o jornal "Folha de S.Paulo".