São 57 anos de carreira, 76 de idade, muitas participações cinematográficas, inúmeros discos e shows, e uma quantidade incalculável de entrevistas. E, mesmo assim, a impressão é de que conhecemos muito pouco Maria Bethânia. O jornalista e roteirista Carlos Jardim, ou apenas Jardim, partiu desse ponto de vista para estar à frente de "Maria — Ninguém Sabe Quem Sou Eu", que estreia nas telonas no mês que vem.
Ao longo de 100 minutos, Bethânia fala sobre assuntos importantes na sua trajetória, como a paixão pelo palco, a força de sua presença em cena, fé e religiosidade, a ligação de amor com a mãe ("Que privilégio ser filha de Dona Canô!") e o pai, Seu Zezinho ("Um trabalhador brasileiro, funcionário público honrado. Apaixonado por poesia!") e o irmão Caetano Veloso ("Caetano é mestre do meu barco desde que nasci. Ele me ensinou a andar, a dar os passos").
A obra conta ainda com a colaboração mais que especial da atriz Fernanda Montenegro, que narra cinco textos marcantes sobre a protagonista, ilustrados com imagens registradas por fãs-fotógrafos da artista, que o diretor do longa-metragem garimpou nas redes sociais dos fãs-clubes de Bethânia. São conteúdos escritos por Ferreira Gullar, Nelson Motta, Fauzi Arap, Caio Fernando Abreu e Reynaldo Jardim, este último é autor do livro "Bethânia — Guerreira Guerrilha", publicado originalmente em 28 de novembro de 1968.