Neurocientista José Fernandes Vilas analisa vídeo de Christiane Pelajo; confira!
Em nota, a Globo chegou a se pronunciar sobre o vazamento do material: "Apesar do constrangimento, ela se desculpou à época com os colegas pelo excesso de sua reação"
Para muitos, as cenas de Christiane Pelajo dando bronca em sua equipe durante a "Edição das 16h", da GloboNews, que viralizou dias atrás e gerou grande repercussão nas redes sociais, não passa de um surto de estrelismo. Entretanto, humanizando o fato, José Fernandes Vilas, neurocientista e autor do recém-lançado livro "Quando o Sucesso Vira Burnout", disse acreditar que a apresentadora esteja sofrendo da síndrome do esgotamento profissional.
Ao observar as imagens do programa de 6 de abril de 2020, ocasião em que o país já enfrentava a crise sanitária, Vilas citou o momento em que Pelajo anda pelo estúdio, suspira e solta que "está cada vez mais impossível trabalhar" lá, mencionando em seguida: "Achei que ontem fosse o ápice". Além disso, destacou a importância da imprensa para a democracia e afirmou que o dia a dia dos jornalistas é estressante.
"Eles aguentam cada coisa para levar informação confiável e de qualidade. Tudo isso sob ataque do governo e de parte do público também, que espalha fake news e, por vezes, ameaça suas famílias. Não é fácil", revelou, ressaltando que não defende nenhum lado da política. "Só estou frisando que tanto a esquerda quanto a direita estão sob o caos. Não sei exatamente o que aconteceu com a Christiane , mas me coloco em seu lugar como ser humano, ex-bunour e especialista".
Por fim, explicou que burnout possui três facetas: a primeira delas está ligada às exaustões física e mental. A segunda, chamada de despersonalização ou cinismo, é quando o paciente em "burnouted" começa a mostrar frieza no trato; e a terceira é aquela em que indaga o porquê de exercer tal profissão. "Estamos falando de um transtorno que é capaz de inviabilizar e que as pesquisas mostram que todas as classes, independentemente de estar em home office ou em outra plataforma, estão à deriva de uma pandemia de doenças psiquiátricas", pontuou.