A confusão travada por Hellena Malditta e Organzza nas redes sociais às vésperas da grande final do Drag Race Brasil contou com uma mediadora importante: Grag Queen, apresentadora do reality show que agiu como uma mãe e atravessou a situação para acabar de vez com o climão que estava desviando o foco do brilho do encerramento da primeira temporada da competição, que há anos era pedida pelos fãs da franquia para ter sua versão brasileira.
Em entrevista exclusiva à coluna, realizada minutos antes da exibição da grande final, Grag admitiu que puxou as orelhas de suas filhas para que elas retomassem o foco e não se perdessem com o calor dos dramas que nasceram nas redes sociais.
"Eu não sou mãe à toa. E acho que mãe que não puxa a orelha é babado. Eu acho que tudo é consequência da falta de preparo. Porque a gente prometeu que a gente ia entregar, a gente não prometeu que a gente ia estar pronta para receber todas essas coisas das quais a gente não conta. Então acho que maturidade se desenvolve, não se tem de berço", avaliou a apresentadora.
As duas finalistas se desentenderam por conta de seus respectivos fã-clubes, que passaram a instigar a inimizade com fofocas atravessadas. A situação foi tão preocupante que detalhes íntimos das drag queens foram usados como instrumento de ataque, e infelizmente ambas se deixaram levar pelo calor da web e se desentenderam. Mas com o apoio de outras competidoras e da apresentadora, o climão chegou ao fim.
"Eu tô muito orgulhosa do jeito que elas têm se desenvolvido, do jeitinho delas, da intensidade delas, porque elas são grandonas, elas são estrelas", pontuou Grag Queen. Confira a entrevista completa:
Como é ser mãe de 12 filhas?
Ah, estou um pouco frouxa. Ser mãe de 12 deixa a gente um pouco aberta, os caminhos mais abertos (risos). A gente tem 12 personalidades fortíssimas, 12 filhas que vieram extremamente interessadas em mostrar o seu melhor, e então não tem como não lembrar de cada uma, como não sonhar com cada uma, como não amar intensamente cada uma dentro da sua individualidade. Eu sou muito feliz por ser mãe dessas 12 queens, com uma grande responsabilidade em jogo, uma quantidade de amor que tenho, é realmente uma relação de mãe com 12 filhas.
Você dá conselhos a elas ainda hoje?
Com certeza. Eu digo: "Vá lavar essa cara que tá feio" (risos). Tô brincando. A gente conversa muito. Ainda mais deste lado de cá, porque agora o reality acabou, falamos sobre business, publicidades, entrevistas. E elas perguntam: "Mãe, quanto eu cobro?", "Mãe será que eu assino?". Eu deixei disponíveis meus advogados, minha equipe, tá todo mundo sempre com elas, porque é babado, né? Todo mundo tá preparado para ser uma estrela. Mas para lidar com todo o business a gente tem que se desenvolver.
Você deu um puxão de orelha nas meninas agora na reta final?
Com certeza. Eu não sou mãe à toa. E acho que mãe que não puxa a orelha é babado. Eu acho que tudo é consequência da falta de preparo. Porque a gente prometeu que a gente ia entregar, a gente não prometeu que a gente ia estar pronta para receber todas essas coisas das quais a gente não conta. Então acho que maturidade se desenvolve, não se tem de berço. E eu tô muito orgulhosa do jeito que elas têm desenvolvido, do jeitinho delas, da intensidade delas, porque elas são grandonas, elas são estrelas.
Você já nasceu na mídia como uma estrela internacional ao vencer o Queen of the Universe. Mas agora, você está à frente da maior franquia de drags do mundo. Como é lidar com a projeção internacional?
Não vou fingir que é novidade que o Brasil é o melhor em tudo o que faz, né? Eu tô muito feliz de estar à frente da melhor franquia, da melhor torcida, que tem seus altos e baixos, mas tem a sua intensidade, que nos dá notoriedade, credibilidade, apoio, enche o nosso rabo de dinheiro, que é o mais importante.