O pentacampeão Denilson não está disposto a perdoar a dívida de Belo. E o processo só revela que o impasse parece distante de chegar a um acordo. O imbróglio, que dura há mais duas décadas, foi parar na Justiça e consta uma lista cronológica sobre a divergência entre os dois. Confira os detalhes do documento:
O ex-jogador processou o cantor por quebra de contrato. Em 2004, Belo foi condenado a pagar uma indenização ao ex-jogador. Segundo calculadora disponível no site oficial do Banco Central do Brasil, o valor corrigido chega aos R$ 25 milhões. A taxa de valorização do montante bate 319%, conforme pesquisa realizada no site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Contrato estipulava realização de 100 shows por ano. Caso um músico deixasse o Soweto logo no início do vínculo com Denilson, seria necessário arcar com o valor de cachê estipulado (R$ 18 mil na época) multiplicado por 400 — número de apresentações especuladas em contrato. O valor chegaria a R$ 7,2 milhões.
Sendo assim, a multa foi estipulada considerando os três anos e quatro meses restantes de vínculo -- a reduzindo para R$ 6 milhões. Em fevereiro de 2000, o real valia aproximadamente US$ 1,7.
O pentacampeão fez uma lista de prejuízos com cancelamentos de apresentações após Belo deixar o grupo sem arcar com a multa. Foram adicionados ao processo um relato sobre nove shows agendados que não aconteceram.
O cantor admite o débito na casa dos R$ 4,9 milhões - em valor atualizado até junho de 2021 -, enquanto o ex-jogador defende que a quantia, em 2019, já passava dos R$ 7 milhões. As informações foram confirmadas pelo colunista do UOL, Diego Garcia.
A equipe de Belo chegou a solicitar que o processo fosse tratado em segredo de Justiça, o que não ocorreu por ser um caso "constantemente veiculado pela mídia", constou o documento.
Os cachês pagos pela emissora foram penhorados após pedido da defesa de Denilson na Justiça. O advogado Marcelo Passos, que representa Belo, disse que recorreria após decisão.
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