Pedro Sampaio vem recebendo uma enxurrada de ataques nas redes sociais por usar e abusar dos remixes e autotune em suas músicas. Embora uma parcela do público menospreze o trabalho do artista, ele segue como um dos nomes mais fortes da cena musical atual, com diversos hits estourados nas paradas.
Mesmo com o som "artificial", o público em geral se diverte com as músicas. E o uso destes recursos é uma forte tendência mundial. "Vários DJs entram na onda e o retorno é bem positivo, o público gosta", garantiu Arthur Ferraz, do duo Dubflow, em conversa com a coluna.
O artista fez uma breve explicação sobre o uso de remix: trata-se de uma reformulação de uma música existente, permitindo que canções que não foram originalmente criadas para as pistas ganhem uma roupagem dançante e atraia novos públicos.
"Para o remix, usam-se sobreposições e novas combinações de sons, alterando a 'cara' da música original. Para fazer um remix, o produtor musical precisa, na maioria das vezes, da autorização do compositor diante dos seus direitos", acrescentou Vitor Froes, parceiro de Arthur no Dubflow.
"A maioria dos remixes são de vertentes da música eletrônica. Atualmente, há uma forte tendência em combinar vocais de músicas nacionais com melodias e batidas eletrônicas", complementou Arthur.
O duo, que vem fazendo sucesso nas casas noturnas com o uso destes recursos, disse que o feedback positivo do público e a movimentação do mercado apontam que esta é uma tendência longe de acabar.
"Observamos que vários DJs estão entrando nesta nova onda e o retorno tem sido positivo, uma vez que o público sabe cantar a maioria das letras e ainda se diverte com a nova combinação de sons", explicou Froes.