Isabel Salgado, a Isabel do Vôlei, morreu nesta quarta-feira (16) e será cremada no Rio de Janeiro. O Crematório e Cemitério da Penitência informou que o velório ocorrerá às 11h desta quinta-feira (17), na capela histórica do seu complexo cemiterial. Já às 14h vai ser realizada uma cerimônia íntima entre amigos e familiares, e em seguida acontecerá a cremação do corpo da ex-atleta.
Na segunda-feira (14), Isabel havia sido nomeada para participar da pasta Esporte na transição para o governo Lula (PT). No mesmo dia ela começou a passar mal. Salgado só procurou ajuda médica no dia seguinte quando seu quadro de saúde já tinha piorado.
"Fiz um call com ela na segunda-feira. Ela estava supergripada. Falei para ela ir a um hospital, ela me disse que já tinha ido e testado negativo para Covid. Na segunda à noite foi dormir passando mal. Deixou para ir para o hospital Sírio na terça de manhã. Quando acordou na terça já estava bem pior", disse a produtora de cinema Paula Barreto, no grupo de mensagens do Esporte Pela Democracia.
"Internou no Sírio já no CTI. Detectaram uma bactéria que já tinha tomado todo o pulmão. Foi intubada e teve uma parada cardíaca às 4h da manhã de hoje", contou a produtora.
Carioca da gema, Isabel Salgado se tornou um ícone, sendo a primeira estrela do vôlei feminino. Revelada pelo Flamengo, aos 16 anos ela já atuava no time como titular. Não demorou muito para ela alcançar espaço na seleção brasileira, e jogar pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, e de Los Angeles, em 1984.
A ex-atleta também fez história em 1980 ao ser a primeira mulher brasileira a jogar no exterior, quando foi para o Modena, da Itália. No Brasil, ela foi um dos nomes importantes no início do vôlei de praia. Depois de sair das quadras, ela mostrou suas habilidades nas areias alcançando a vitória mundial em Miami, ao lado da ex-companheira de time Jackie Silva.
Aposentada como jogadora de vôlei, Isabel estava atuando como treinadora. Aos 62 anos, ela deixou cinco filhos: Maria Clara Salgado, Pedro Solberg e Carol Solberg, todos atletas do vôlei de praia, Alison, o filho adotivo, e Pilar, a mais velha.
*Com a colaboração de Amanda Moreira.