O jornalista brasileiro Hugo Bachega, correspondente da rede britânica BBC em Kiev, estava ao vivo quando a capital ucraniana recebeu ataques russos. As explosões aconteceram na manhã desta segunda-feira (10).
Hugo estava fazendo uma entrada direto da capital da Ucrânia quando ouviu um barulho no céu seguido de uma explosão perto de onde estava. Em questão de segundos, a transmissão foi cortada e a âncora do noticiário apareceu para dizer que o repórter teve que fugir para se proteger.
Hugo Bachega of @BBCWorld indeed, live, in Kiev as ominous noises thunder out of the sky pic.twitter.com/qkIlGpJ2Nh
— Keith Olbermann (@KeithOlbermann) October 10, 2022
Hugo se abrigou com o cinegrafista no subsolo de um hotel de onde estava e disse que as atividades aéreas não costumam acontecer ali: "Estava ao vivo fazendo entrada para a BBC News quando eu ouvi um barulho bem forte vindo do céu. É estranho porque não há nenhum tipo de atividade aérea aqui na capital, helicópteros, aviões, qualquer barulho que vem do céu causa bastante estranheza", disse o jornalista em vídeo para a emissora.
O primeiro bombardeiro de muitos outros que aconteceram hoje, atingiu uma ponte que é caminho para a península da Crimeia, que antes pertencia à Ucrânia e foi anexada pela Rússia em 2014.
"No momento que eu ouvi esse barulho olhei para cima, vi que tinha o míssil e que ele atingiu perto do hotel aqui no centro de Kiev. Esse é o maior aqui na capital desde os que aconteceram nos subúrbios da capital bem no comecinho da guerra", comentou Hugo.
A ponte anexada foi inaugurada por Vladimir Putin em 2018. O governo russo acusa a Ucrânia pelos ataques. Por outro lado, Volodymyr Zelensky não declarou autoria pelos ataques.
O jornalista brasileiro disse que as pessoas na capital não esperavam pelas explosões e que a população estava seguindo a vida normalmente.
"Os restaurantes estão abertos, os bares estão abertos, apesar de tudo isso as pessoas continuam conversando sobre a guerra, a guerra continua sendo um tópico que domina a vida de muita gente. Há uma sensação de normalidade que talvez acabou com o ataque que aconteceu hoje aqui", finalizou.
*Com a colaboração de Amanda Moreira.