Cuspe na cara e racismo: 7 polêmicas dos bastidores de A Favorita

A Favorita retornou às telinhas da Globo na segunda-feira (16) no Vale a Pena Ver de Novo, substituindo O Clone. Em 2008, ano de sua estreia, os bastidores da novela foram marcados pelas polêmicas. Veja a seguir a lista dos burburinhos durante as gravações:

Sexualidade questionada

O personagem Orlandinho, interpretado por Iran Malfitano, a princípio era gay. De repente, tornou-se heterossexual. No começo da trama, era apaixonado por Halley (Cauã Reymond), porém acabou se envolvendo com Maria do Céu (Deborah Secco), provocando a ira dos telespectadores na época, que rejeitaram a "cura gay" do personagem.

Globo/Ivone Perez

Racismo

Para dar à vida a Alícia, Taís Araujo precisou alisar o cabelo. Durante as gravações, um jornal português relatou que a atriz demorava seis horas para conseguir deixar os fios bem lisos, o que foi interpretado como racismo. O procedimento era feito através de um entrelaçamento dos cabelos com uma trança rente ao couro cabeludo e costuradas as mechas lisas, que não eram dela. Após o fim da novela, Taís fez algumas críticas sobre a caracterização. “Pena que eu curti pouquíssimo tempo os meus cabelos crespos, que eu adoro”, desabafou.

Divulgação/Globo

Racismo

Outra polêmica envolvendo o racismo nos bastidores da novela foi o fato do personagem de Milton Gonçalves interpretar um deputado corrupto. Os críticos da trama acusaram que a novela estaria endossando um estereótipo racista ao colocar um negro no papel de um criminoso.

Globo/Willian Andrade

Cuspe fora do script

Ary Fontoura deu uma cusparada real na cara de Claudia Raia durante a gravação de uma cena importante em A Favorita. A atriz chegou a declarar em entrevistas que o cuspe não constava no roteiro original e que o ato nojento do veterano só a ajudou a inflamar ainda mais a situação. A cusparada ocorreu em um momento em que Donatela flagra Silveirinha jantando com Flora (Patricia Pillar), sua maior inimiga. Quando ela percebe a traição, o embate começa, com direito a gritaria, xingamentos e também o cuspe que não estava previsto.

Reprodução/Globo

Cláudia Raia X Diretor

Claudia Raia lançou um livro de memórias e nele acabou abrindo seu passado, incluindo seus problemas com o diretor de A Favorita, Ricardo Waddington. No Sempre Raia Um Novo Dia, lançado em 2020, ela confessou que, mesmo com o sucesso de Donatella, a atriz precisou enfrentar discussões sobre sua forma de interpretar. Por volta do capítulo 60, Waddington disse que ela deveria ser minimalista, como Patricia Pillar, o que Claudia não concordava, já que a personagem era perua e extravagante.

Globo/Thiago Prado Neris

Cláudia Raia X Diretor

O clima durante as gravações ficou tenso e a atriz chegou a esconder os óculos do diretor, fazendo-o procurar por três horas sem poder seguir dirigindo a trama. “Ele me pediu desculpas diante de todos, devolvi os óculos, a temperatura baixou, criamos uma ponte e acabou tudo em amor”, revelou a atriz.

Divulgação/Globo

Corte de gastos

Antes de estrear, a Globo impediu que a novela fosse gravada em outras cidades para cortar os gastos. O autor João Emanuel Carneiro disse na época que a ideia inicial era levar a trama para Brasília, trazendo um cenário urbano novo e com uma personalidade arquitetônica própria.

Divulgação/Globo

Audiência

A Favorita só foi ganhar favoritismo do público na metade da novela. A emissora concorrente, Record, estava no auge da audiência com Os Mutantes, o que fez com que o autor João Emanuel Carneiro alterasse os rumos da trama: desmascarar a grande vilã antes do capítulo 100, como de costume. Após a grande revelação, o sucesso foi retumbante!

Globo/Renato Rocha Miranda

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Gabriel Perline